Deus nos livra do perigo
quarta-feira, 10 de abril de 2019
quarta-feira, 27 de março de 2019
A HISTORIA DE RAABE
O
oitavo livro da Bíblia Sagrada, Rute, leva o nome de uma estrangeira.
Quando iniciarmos sua leitura
descobrimos que na época dos Juizes houve uma grande fome na terra; isso fez
com que Elimeleque, homem da tribo de Judá, se mudasse para as campinas de
Moabe com sua família para fugir da fome, ele era casado com Noemi e tinha dois filhos, os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome
de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; eles ficaram ali quase dez
anos. Algum
tempo depois Elimeleque morreu e personagens
Noemi ficou sozinha com seus dois filhos, Malom e Quiliom, os quais tambem morrerm, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu
marido.
Rute narra uma história com quatro
personagens enigmáticos que são: Raabe, Boaz, Rute e Noemi.
Mesmo não tendo seu nome registrado
no livro de Rute, a prostituta Raabe é a sua primeira personagem, ela é mãe de
Boaz (Mt 1.5: e Salmom gerou de Raabe a Boaz, e Boaz gerou de Rute a Obede).
A segunda personagem é Boaz filho
filho de Raabe (Mt 1.5: e Salmom gerou de Raabe a Boaz, e Boaz gerou de Rute
a Obede). Assim que Boaz é inserido na
história, nós descobrimos que ele é um homem muito rico e poderoso (Rt 2.1: E tinha Noemi
um parente de seu marido, homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque; e
era o seu nome Boaz), Boaz no entanto era solteiro (talvez seu
celibato se dê ao fato de ser ele filho de uma prostituta).
A terceira personagem é Rute, uma
jovem viuva estrangeira em terras tribais (Rt 1.16a: Disse, porém,
Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti). A única
amiga que ela tinha era sua sogra, que por coincidência também era viuva, seu
nome é Noemi (Rt 1.2: “... e o nome de sua
mulher, Noemi, ...),
Noemi, a sogra de Rute passa a ser
então a quarta personagem da história. Noemi era muito idosa e já não podia
mais ter filhos. Quando Elimeleque seu marido e os seus dois filhos (Malon e
Quilom) morreram, ela ficou só (Rt 1.3-5:
E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois
filhos, ... E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando
assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido).
Obserrve você que temos aqui como já
disse uma história com quatro personagens enigmáticos. Quatro pessoas
regeitadas pela sociedade, nós também podemos ver que essas quatro pessoas são
sozinhas sem ninguém para compartilhar seus sentimentos e quem sabe as suas
revoltas, porém, elas foram alcansadas pela prrovidência divina.
O livro de Rute narra da história
dessas quatro e como você pode ver eu estou contando a história como se ela
fosse uma parabola (como fazia o também o Senhor Jesus), e isto para trazer aos
seus olhos a clareza da excelência e da grandeza do amor providêncial de Deus
para a humanidade caida.
São quatro as personagens que fazem
parte dessa narrativa, vamos supor hipoteticamente que estas quatro pessoas
sejam os desfiados fios de um novêlolo de lã no fundo de um cesto de tricô,
deixados ali a espera de serem jogados fora pelo Mestre Tecelão. Mas, Ele, o
Mestre Tecelão não os descartou. O Mestre os pegou e os teceu juntos e agora
nós podemos ver o resultado da obra do Mestre Tecelão.
Agora que Boaz o filho solteirão da
prostituta Raabe, encontra-se com a viuva estrangeira que deixou sua própria
pátria para acompanhar sua sogra Noemi (Rt 1.16-17: Disse, porém,
Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; ...; o teu povo é
o meu povo, o teu Deus é o meu Deus....).
Noemi a sogra de Rute reconheceu em
Boaz, seu parente solteirão como um presente de Deus para suas vidas, ela
instruiu Rute para que se mostrasse acessivel a Boaz. Rute o faz e os dois se
casam.
Agora o solteirão filho da prostituta
Raabe tem uma esposa. A jovem e estrangeira viuva agora tem um marido e um
filho. Noemi, sua sogra também viuva e idosa agora tem um neto. E aqui eu vejo o retrato do amor providencial
de Deus na vida destas quatro pessoas.
Essa é a história de Raabe escondida
nas entre-linhas do livro de Rute. É também a história de Boaz, Rute e Noemi.
Você conheceu Raabe no livro de Josué quando ela acolheu e escondeu os espias
de Josué enviados a Jericó. Rute fica conhecida no início do livro como uma
jovem viuva estrangeira em terras tribais, ela é nora da também viuva Noemi.
Boaz é o filho de uma prostituta. A prostituta como já vimos é Raabe, aquela
que escondeu os dois espias de Josué; Raabe mesmo não sendo mencionada neste
livro é citada no evangelho de Mateus capitulo 1 e verso 5, que diz: ”e Salmom gerou de Raabe a Boaz, e Boaz gerou de Rute a
Obede, e Obede gerou a Jessé .Salmom era o
pai de Boaz e a mãe de Boaz era Raabe”.
Agora eu te pergunto: Você sabe é a
maravilha mostrada nesta história?
O maravilhoso
é que ninguém jamais poderia imaginar que uma prostituta faria parte da árvore
genealógica de Jesus O Filho de Deus, mas essas coisas acontecem na Bíblia. E
nós nos alegramos muito que seja assim. Nos alegramos muito em saber que Deus o
Mestre Tecelão tem um lugar garantido para cada um de nós em seus planos.
Pr João Correia
sexta-feira, 22 de março de 2019
O perfil e a caracteristica do líder
Sumário
Introdução
Vocação Ministerial e
Liderança
Liderança
Princípios de Lealdade e
Honra
Princípios de Honra
Bibliografia
Credenciais
Psicologia Clínica –
Cursos São Paulo do Brasil - São Paulo SP
Teologia – ITFAD -
Instituto de Filosofia e Teologia das Assembleia de Deus - Salvador BA
Capacitação Teológica –
IBITEK – Instituto Bíblico Teológico Kenosis – Campo Grane MS
Chapelaria Hospitalar –
CPO Brasil - São Paulo SP
Bibliofobia - CPO
Brasil - São Paulo SP
Homilética – CPO Brasil
- São Paulo SP
Liderança Cristã - CPO
Brasil - São Paulo SP
A característica e
o perfil do Obreiro
Efésios 4.11-16: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros
para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra
do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até
que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para
que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de
doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em
tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual
todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a
justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em
amor”.
Introdução:
Você sabe o que são os Dons Ministeriais?
É a capacitação sobrenatural do Espírito Santo para os servos chamados por
Deus para o ministério e, tem a finalidade de os preparar para a execução de
Sua obra na terra; todos os servos do Senhor que são chamados para essa obra
precisa receber do poder de Deus, tornando-se então dotados de poder e
sabedoria para que com destreza trabalhem na tarefa de fazer toda e qualquer
tarefa que seja necessária a sua execução no seio da igreja enquanto estiver
aqui na terra.
Para que você tenha uma melhor compreensão
do assunto leia as seguintes referências:
Atos 1.8: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há
de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra;
Efésios 1.19-23: E qual a sobre-excelente grandeza do seu poder
sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que
manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus,
acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que
se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro. E sujeitou todas as
coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja,
que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos;
Romanos 12.6-7: De modo que,
tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja
dedicação ao ensino;
1ª Timóteo 4.14: Não desprezes o
dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério;
2ª Timóteo 1.6: Por este motivo,
te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das
minhas mãos.
Ninguém pode realizar esse trabalho a
não ser o próprio Deus. A capacidade que os Dons Ministeriais geram na vida do
escolhido, e a capacitação para o desempenho da obra opera na vida do servo que
está rendido aos pés do Senhor; vem de Deus, é Deus quem age liberando o poder
e a ação necessária na vida do ministro, para melhor compreensão veja as referências
a seguir:
João 3.2: Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi,
bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais
que tu fazes, se Deus não for com ele.
João 15.5: Eu sou a videira, vós, as varas; quem está
em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.
Esse trabalho não é feito pula
capacitação cientifica, muito menos pela capacitação acadêmica que as
faculdades seculares, ou de teologia podem dar ou oferecer, pois, não existe um
curso que por mais importante e necessários, tenha o potencial para a capacitação
do ser humano para este trabalho. Só o Espirito Santo traz essa capacitação. É
através dos dons ministeriais que Deus capacita a todos os servos que são
chamados para realizarem a Sua obra aqui na terra. A respeito disso vejamos o
que Paulo, homem instruído aos pés de Gamaliel, diz, nas referências a seguir:
2º Co 3.5-6
“não que sejamos
capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa
capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo
Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito
vivifica”
Efésios 3.7: do qual fui
feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação
do seu poder.
Não foi pelo que Paulo aprendeu com Gamaliel, e sim pelo que ele recebeu
de Deus! Isso é tão maravilhoso que Davi, o salmista de Israel, já havia
profetizado isso cerca de mil anos antes de Cristo no Salmo 68 e verso 18, que
diz: Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro,
recebeste dons para os homens e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus
habitasse entre eles.
Para que isto pudesse acontecer, o Senhor Jesus pagou um alto preço
quando derramou Seu sangue por nós na cruz do calvário, esta ação de Jesus
trouxe a nossa disposição os Dons da Graça de Deus, como bem Paulo falou em sua
carta aos Colossenses capitulo 2, verso 14, que diz: Havendo riscado
a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos
era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os
principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.
Isto posto, entendemos que a igreja
de Jesus Cristo tem a sua disposição os Dons concedidos pela operação do
Espírito Santo e pode realizar a obra de levar as pessoas ao entendimento e a compreensão
de que Cristo realizou na cruz, ali no calvário a obra que traz a salvação para
toda a humanidade.
Graças a Deus!!!
Os Dons Ministeriais estão em plena ação
na igreja, hoje, apesar de os “cessacionistas” acharem que os Dons foram
extintos no primeiro século; atentemos para o verso 13 da carta de Paulo aos Efésios
no capitulo 4 que diz: até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa
de Cristo.
Ao lermos esta passagem ficamos mais conscientes de que os Dons Ministeriais
continuam atuando na vida da igreja; por isso nós, que somos “continuístas”
acreditamos que jamais houve a cessação dos Dons Ministeriais, antes, sabemos
que todos eles continuam em plena atividade na igreja de Cristo, e isso vai
durar até o arrebatamento da Igreja.
Vamos então ver a definição das
palavras:
1.
Dons,
Ministério, Ministro, Operação,
Cessacionismo e continuísmo
1. Dom. A
palavra “dom” vem do grego Charisma, que é a raiz de Charis (ou graça). Seu
significado é: Dom de Graça, dadiva, doação, donativo; aquilo que é doado, cujo
doador nesse caso é o próprio Deus. Para sua melhor compreensão veja as seguintes
referências:
Efésios 12.6:De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça
que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
1ª Coríntios 1.7: De maneira que nenhum dom vos falta,
esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo;
1ª Coríntios 12.1: Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes;
2ª Timóteo 1.6: Por este motivo,
te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das
minhas mãos, e
1ª Tm 4.14: Não desprezes o
dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério.
Ministério. Essa
palavra vem do grego Diakonia que significa Oficio, cargo, função, serviço; que
é o trabalho de um servo que ministra ou executa a obra de Deus na igreja. Vamos
entender esse assunto lendo as referências abaixo:
Romanos 11.13: Porque convosco
falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério;
Romanos 12.7: se é ministério,
seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
2ª Coríntios 6.3: não dando nós escândalo em coisa alguma,
para que o nosso ministério não seja censurado;
Colossenses 4.17: E dizei a Arquipo: Atenta para o ministério
que recebeste no Senhor, para que o cumpras; 1ª Tm 1.12: E dou graças ao
que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel,
pondo-me no ministério, e
2ª Tm 4.5: Mas tu sê sóbrio
em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu
ministério.
Ministro. Do grego Diakonos, que significa aquele que serve, cujo verbo
grego é Diakoneo que significa: ser servo, servir, ser assistente, vamos
entender isso lendo as referências a seguir:
Marcos 10.43: mas entre vós não será assim; antes,
qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal;
Romanos 13.4: Porque ela é ministro de Deus para teu bem.
Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro
de Deus e vingador para castigar o que faz o mal;
Romanos 15.8: Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro
da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas
feitas aos pais;
1ª Coríntios 3.5: Pois quem é Paulo e quem é Apolo, senão ministros
pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?
2ª Coríntios 3.6: o qual nos fez também capazes de ser
ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra
mata, e o Espírito vivifica;
2ª Coríntios 6.4: Antes, como ministros de Deus, tornando-nos
recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas
angústias;
Gálatas 2.17: Pois, se nós, que procuramos ser
justificados em Cristo, nós mesmos também somos achados pecadores, é, porventura e
1ª Timóteo 4.6: Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom
ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que
tens seguido.
Apesar do termo, “ministro”, chamar a
atenção de quem ministra para que atente para a submissão e a humildade a que
se refere este vocábulo, e quem ministra deve fazer seu trabalho com sujeição e
simplicidade diante do Senhor e da igreja, todavia, é de extrema grandeza poder
ser chamado por Deus para ser um ministro atuante na obra de Deus.
Nós, os obreiros, fomos chamados para
servir a Deus, aos santos e ao próximo. Veja uma importante referência a esse
assunto na carta aos Hebreus, capitulo 6 e verso 10, que diz: Porque Deus não é injusto para se esquecer
da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes,
enquanto servistes aos santos e ainda servis.
Operação. Do
grego Energueia, que significa poder de Deus usado para ressuscitar à Cristo. Lendo
as referências a seguir fica fácil compreender a operação do poder de Deus:
Efésios 1.19-20: e qual a sobre-excelente
grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do
seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua
direita nos céus;
Colossenses 2.12: Sepultados com ele no batismo, nele também
ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos.
Veja também uma referência acerca da eficácia,
ação, execução, produção e atuação do poder de Deus para a ressureição de Cristo.
1 Coríntios 12.6: E há diversidade de operações, mas é o
mesmo Deus que opera tudo em todos e verso 10: e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a
profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de
línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
Cessacionismo.
É a visão dos teólogos reformados e batistas fundamentalistas, geralmente de
origem puritana, que afirmam que alguns dos dons do Espirito Santo foram úteis
apenas no início da igreja cristã primitiva, tendo sua manifestação cessado
logo após o início da expansão da igreja.
Continuísmo. É a corrente teológica que defende a ideia da continuidade
de todos os dons espirituais e ministeriais, incluindo o dom de profetizar,
variedade de línguas e curas, da qual nós fazemos parte.
Vocação
Ministerial e Liderança
2ª Co 3.5-6: “Não que sejamos
capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa
capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo
Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito
vivifica”.
I - Convocação espiritual.
Se você fosse o técnico de uma
seleção de jogadores de futebol, quais seriam os seus critérios para a
convocação dos atletas?
É certo que somos bastante exigentes
quando vamos montar uma equipe de trabalho, nós atentamos muito para as
qualidades e as habilidades que os candidatos possuem e também na sua representatividade
no contexto das atividades para as quais eles irão executar; baseando-se nessa análise,
então você faria a convocação dos atletas.
Deus tem Seu time de obreiros aqui na
terra. Mas, a convocação dos integrantes de Sua equipe é feita por critérios
diferentes dos quais o homem usaria. Deus tem um princípio estabelecido para
fazer Sua convocação. O chamado de Deus aos homens se dá através da Sua
infinita graça e não depende de a pessoa ser capacitada ou possuir habilidades
extraordinárias. A escolha de Deus é feita tendo como base a vocação, a devoção
e o compromisso que cada candidato tem para com Deus. - Vocação é uma palavra
derivada do latim, cujo significado é chamado.
Quando Lutero, o mais renomado
reformador do início do século XVI, fez a primeira tradução da Bíblia do latim
para o alemão (isso no ano 1522) substituiu a palavra trabalho (arbait) pela
palavra beruf (vocação), Lutero insinuou que a vocação é algo gerado
internamente para que a obra seja desenvolvida, ainda que alguém não seja um
cristão ele terá uma vocação e deve cumprir seu dever de glorificar a Deus
através dessa vocação; isto nas palavras de Lutero.
A vocação não deve ser assumida
levianamente, pois a vocação não é suficiente para a execução da obra de Deus
por uma pessoa, sem que ela tenha conhecimento. Esta pessoa precisa saber com
exatidão que foi devidamente vocacionada por Deus.
Aqueles que exercem o ministério sem
a devida vocação almejam um bom proposito; mas não recebe as bênçãos por seus
labores, eles podem ser os pregadores mais eloquentes e os melhores oradores,
mas nunca serão edificadores do reino de Deus.
Nosso chamado não está associado ou
ladeado ao nosso talento natural ou nossas habilidades. Nosso chamado é feito
através da graça de Deus. Nós não o merecemos, não somos sacerdotes pelo fato
de termos caminhado alguns quilômetros a mais na estrada da vida cristã. Nosso
chamado vem unicamente e exclusivamente pelo alcance da graça de Deus em nossas
vidas.
Nosso dilema em particular está
situado no fato de não sabermos exatamente o que nos qualifica para o
cumprimento desse chamado (vocação). Por vezes nós sentimos não ser aquela pessoa
que a obra exige, por vezes nos sentimos despreparados para o exercício e a
execução da nossa missão. No entanto, alguns exemplos bíblicos nos mostram que
o que nos qualifica para o ministério, é unicamente, ou seja, basicamente a obediência
a Deus. Agora você vai ver exemplos bíblicos dessa questão em particular.
1.
Noé nunca tinha visto a chuva, nem tampouco
conhecia o mar, mas foi obediente à Deus e pela sua fé exerceu essa obediência
a Deus construindo uma arca.
2.
Abraão foi chamado por Deus e sua obediência
incondicional lhe conferiu o título de pai na fé.
3.
Moisés não se qualificou por meio da ciência do
Egito, mas pela obediência a Deus que lhe permitiu libertar o povo de Deus do
Egito.
4.
Davi nunca havia sido guerreiro (era muito jovem
para isso), mas a sua obediência o fez enfrentar e derrotar o gigante.
5.
Mateus era desqualificado para a religião, pois não
passava de um indesejado publicano cobrador de impostos. No entanto foi chamado
por Cristo e obedeceu.
Isto posto, podemos afirmar que a única
coisa que Deus exige para sermos Seus ministros é a obediência.
Não podemos dizer que abraçamos a fé
se nos falta a disposição para obedecer a Deus. Através da obediência a fé se
torna evidente e pela fé a obediência se manifesta.
Só quem é obediente pode crê. Faz-se
necessário a obediência à uma ordem concreta para que se manifeste a operação
da fé na vida de uma pessoa. Crê é o primeiro passo que se dá para a obediência,
isso acontece para que sua fé não se transforme numa ilusão ou numa graça que
chamamos de graça barata. Tudo depende do primeiro passo, crê; ter fé, isso é o
que se distingue qualificativamente de todos os passos seguintes.
O primeiro passo que Pedro deu, foi
abandonar totalmente sua vida de pescador, abandonar as redes de pesca e seguir
a Jesus; Pedro acreditou nas Palavras de Jesus, por isso O seguiu, nós, a
exemplo de Pedro, também precisamos acreditar que é Cristo que nos tem chamado
para Sua obra; no entanto, além dos critérios já mencionados acima, a nossa
chamada pode ser bem mais situada e fundamentada se nós viermos a atentar para
alguns requisitos básicos que são a base e o norte para o ministério, por isso
procure ter as respostas para as seguintes perguntas:
1.
Quem me chamou?
2.
Quando ocorreu este chamado?
3.
Para que eu fui chamado?
4.
Para onde eu fui chamado?
1.
Quem me chamou? É preciso que o vocacionado tenha uma
convicção interna de que realmente ele foi chamado por Deus para exercer um
ministério. É a certeza de que realmente fomos chamados por Deus que nos faz
trilhar a direção certa. A certeza de que foi Deus quem nos chamou e não algum líder
ou alguma conveniência, nos fornece todos os fundamentos para o exer-cício do
ministério.
2.
Quando ocorreu este chamado? É necessário que haja
um memorial desse chamado, uma experiência marcante, uma convicção. Todos os
que foram chamados por Deus sabem quando esse chamado aconteceu, isto está insistido
nesse chamado uma experiencia com Deus que deixou marcas profundas na vida de
cada um que recebeu esse chamado. Vemos como exemplo o caso de Isaias que identificou
a sua chamada no ano em que morreu o rei Uzias (Is 1.6). no caso de Moisés foi o
episódio da sarça ardente. No caso de outros profetas foram as visões que eles
receberam de Deus, podemos tomar como exemplo a experiencia do encontro de
Paulo com Jesus Cristo.
3.
Para que eu fui chamado? É muito importante identificar
para qual área Deus nos chama para atuar. Muitos obreiros insistem em ser
pregadores do evangelho, quando na verdade seu chamado é para outra área, como
por exemplo, a área do aconselhamento. Muitos querem ensinar, não se importando
que seu chamado seja apenas para o diaconato. A certeza especifica para qual área
você foi chamado é a exercia que vai te levar a ter um ministério bem-sucedido.
4.
Para onde eu fui chamado? Pode não parecer
importante, mas, o chamado tem um tempo especifico. Pode acontecer de você receber
um chamado hoje, mas a sua execução ser bem mais na frente num futuro não muito
próximo. Há também os que protelam a execução da sua chamada quando na verdade
deveriam começar imediatamente. É muito importante que se saiba o tempo certo,
como exemplo disso temos o caso de Davi que foi ungido rei quando ainda era um
garoto, mas só subiu ao trono de Israel depois de se tornar um perito na arte
da guerra. Outro detalhe de relevante importância é ter o conhecimento geográfico
do seu chamado. Por incrível que pareça alguns obreiros tem seu chamado para
uma localidade especifica. Para outros o chamado é universal. Isto quer dizer
que se o obreiro não estiver na localização exata para onde ele foi chamado,
pode não ter sucesso em seu ministério.
E por fim devemos considerar tanto os aspectos
internos como os externos de um chamado interno, o chamado traz uma convicção
que somente o ministro pode saber se tem.
O chamado interno é uma chama que
queima no coração, é um desejo latente de desenvolver uma obra para Deus em
alguma área especifica. Este chamado interno terá sua confirmação externa na
forma do reconhecimento por parte da igreja.
O chamado só é confirmado quando
reconhecido pela igreja, essa confirmação aconteceu primeiro na consciência daquele
que é chamado, em seguida pela igreja onde serve, ficando assim evidente o
chamado para o ofício eclesiástico neste ministério; assim afirma o teólogo Game
Edward Voith Jr.
Os estudiosos da matéria em questão,
afirmam que a convicção do chamado para o ministério deve fazer parte do
sentido existencial do ministro. sendo assim o reconhecimento desse ministério pela
igreja local é a certificação desta convicção que existe indelevelmente no coração
do genuíno ministro. Tendo esta convicção o ministro procura se capacitar para
o exercício da sua função. Neste sentido a busca pela capacitação se dar
através: da oração perseverante, do jejum e da busca pelo conhecimento
intelectual; a capacitação para o ministério é uma norma irrevogável para
qualquer um que tenha sido vocacionado por Deus para o exercício de um
ministério. Quando Deus escolhe alguém para o exercício de uma obra, primeiro
Deus lhe dar os dons necessários para que ele tenha a capacidade para que com
maestria e destreza realize a tarefa por Deus ordenada a ele.
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