Deus nos livra do perigo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cristãos Autênticos Rompendpo em Fé


9 - Por esta razão, nós também, desde o dia em que ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;
10 - para que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;
11 sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua gloria, em toda a perseverança e longanimidade com alegria. (Cl 1. 9 - 11. Versão Atualizada)

9 - Por esta razão, nós também, desde o dia que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;
10 - para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus;
11 - corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua gloria, em toda a paciência e longanimidade, com gozo. (Cl 1.9 e 11. Versão Revista e Corrigida)

A igreja da cidade de Colossos era formada principalmente pelos gentios, pois, eram muito poucos os judeus de elite convertido naquela cidade.
A fé dos Colossenses novos convertidos estava sendo distorcida por misteriosas e místicas religiões gregas e, perturbada por leis e costumes judaicos.
Epafras levou ao conhecimento de Paulo, dando-lhe noticias que heresias haviam sido introduzidas naquela igreja como vemos no verso sete do seu primeiro capítulo: Segundo fostes instruído por Epafras, nosso amado conservo e, quanto a vós outros, fiel ministro de Cristo.
Estas heresias foram definidas no próprio texto da carta por ser multiforme e difícil de entender.

Na carta aos Colossenses, Paulo refuta os quatro itens heréticos principais que são os desvios de conduta derivados das religiões gregas e dos costumes e leis judaicas; Basicamente, os pontos abordados por Paulo em sua carta aos novos convertidos e toda a igreja de Colossos foram:
1º - Determinados tipos de comidas e bebidas;
2º - O afastamento da supremacia (senhorio) de Cristo e sua suficiência para todos;
3º - A negação da humanidade de Cristo;
4º - E o Super conhecimento de Cristo, jactando-se (se gabavam) de sabedoria e percepção adicional.

Tanto o apóstolo Paulo como todos os irmãos que estavam juntos com ele, afirmaram aos novos convertidos da igreja da cidade de Colossos e, a todas as igrejas a quem esta carta se destina, que estavam orando continuamente por eles, para que o Senhor lhes concedesse todos os requisitos necessários para que eles permanecessem fieis e se tornassem cristãos autênticos e verdadeiros.
Pois, um verdadeiro cristão é aquele crente que vivência todos os dias boas experiências com Deus, e por isso apresenta um autêntico testemunho de vitória 
Paulo escreveu aos Colossenses esta epistola desta maneira tendo em vista que aqueles cristãos antes de se converterem a Jesus Cristo eram todos adoradores de anjos, de elementos Gnósticos e também tinham uma exagerada preocupação pela observância de rituais e cerimoniais.
E é por isso que nesta noite Deus quer nos levar a refletir acerca do que é uma autêntica experiência de conversão e o que isto pode representar na vida do crente.
       
Cristãos Autênticos, Rompendo em Fé.
É isto que o nosso Deus deseja que nós sejamos.
"Cristianismo verdadeiro e autêntico" é sobre esse assunto que vamos tratar nesta noite

Todos os dias nós vemos como é grande a quantidade de produtos falsificados que estão disponibilizados para a venda nas bancas postas em cima das calçadas da nossa cidade e em algumas lojas de artigos de C$ 1.99?
Numa viagem que fiz á São Paulo ano passado, tive a oportunidade de andar numa rua próxima ao Teatro Municipal no centro da cidade, por onde era difícil se caminhar devido à quantidade de vendedores ambulantes e camelôs gritando com toda sua voz na tentativa de chamar a atenção dos transeuntes para suas mercadorias
E uma coisa que muito chamou a minha atenção foi à quantidade de roupas e tênis de grifes famosas a venda por preços tão baixos.
Porém, todos aqueles produtos eram falsificados.
E é bem provável que tenhamos aqui nessa noite dentro da igreja uma ou mais pessoas usando objetos falsificados; ou seja, adquiridos nestas condições!
E se por caso aqui na igreja se encontre alguém na condição de cristão nominal, não autêntico fique sabendo que nesta noite Deus pode mudar a sua vida, pois, através do seu Espírito Santo Deus vai te ensinar como fazer para que você se torne um Verdadeiro Discípulo de Jesus Cristo um cristão autêntico que rompe em fé,
Porque se você continuar dessa maneira será sempre um fracassado.
Olha aqui meu querido amigo eu quero te dizer que só depende de você, basta que você tome a decisão de entregar sua vida a Jesus Cristo e, aceita-Lo como seu único e suficiente salvador convertendo-se, tornando-se filho do reino do seu amor, através de uma genuína e verdadeira conversão.
É por esta razão que eu quero te dizer que para ser um cristão autentico que rompe em fé, é necessário antes de qualquer coisa que você seja fruto de uma verdadeira experiência de conversão em Jesus Cristo.
O cristão autentico que rompe em fé é alguém que foi selado com Espírito Santo de Deus.
O cristão autêntico que rompe em fé é aquele crente que irradia o brilho da glória de Jesus Cristo através da sua vida e por onde ele passa causa impacto nas pessoas deixando-as com o desejo de conhecer a fonte da felicidade da qual ele é portador
Cristão autêntico que está rompendo em fé é aquele crente que transmite confiança para as pessoas que o cercam, porque elas vêem nele as características de Jesus Cristo o Filho de Deus.
Cristãos Autênticos, Rompendo em Fé. É isto que nosso Deus deseja que nós sejamos
Mas, infelizmente, hoje em dia existem muitos cristãos que não são autênticos.
É por isso que o apóstolo Paulo orava, advertia e instruía os cristãos da igreja de Colossos, para que fossem cristãos autênticos e não falsificados.
A palavra AUTÊNTICO tem o significado de: Ser Verdadeiro, Ser Aprovado, Ser Genuíno, de apresentar resistência necessária para uma tarefa para a qual fora designado a fazer como também Ser Confiável.
Paulo descreve a conversão verdadeira e genuína aos Colossenses em termos muito bem claros em sua carta.
E o que significa uma conversão autêntica e verdadeira? 
Significa ser redimido e perdoado de todos os pecados como lemos no verso quatorze: "Em quem temos a redenção, pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados". Esta redenção é explicada no capítulo dois, onde no verso quatorze nos lemos: "Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contraria e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.".
Conversão autêntica significa ser tirado do poder das trevas como escrito no verso treze: “O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”.
       
A nossa condição antes de ter-mos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, era de servir ao diabo, era de vivermos em meio às trevas.
Quando nós nos decidimos a servir a Jesus Cristo, e se realmente houve uma conversão genuína e não falsificada, surgiu então tanto no reino espiritual como no reino físico; a afirmação de que fomos transportados do reino das trevas, para o reino da luz, ou seja, para o reino do Seu amor.
E como isso acontece?  A resposta é simples, vamos ver o que Paulo nos diz em Romanos capitulo cinco do verso oito ao nove: “Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós (passado). Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue (presente), seremos por ele salvos da ira (futuro)”.
Conversão autêntica e genuína significa ser redimido e perdoado de todos os seus pecados conforme podemos ver em Colossenses capitulo um no verso catorze: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados”;
Mas se faz necessário que venhamos a entender o que é ser redimido.
A palavra Redenção significa: Ato ou recurso capaz de livrar ou salvar alguém de situações aflitas ou perigosas.
E foram esse ato e recurso que Jesus Cristo usou na cruz, trazendo a nossa libertação da escravidão do pecado.
Conversão autentica significa morrer para o mundo e nascer para Cristo como nós vemos no capitulo dois e no verso doze da carta aos Colossenses que diz assim: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos”.
E para complementar a verdade dos fatos e que verdadeiramente somos salvos e redimidos por Jesus Cristo. Vamos ler o que Paulo diz na sua segunda carta aos Coríntios no capitulo cinco e no verso dezessete: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.
Um cristão autêntico é o crente que já experimentou uma grande libertação e que vive em novidade de vida, que sabe que todos os seus pecados já foram por Deus perdoados.
Há ainda outra característica do cristão autêntico e verdadeiro que nós precisamos reconhecer.
Pois um verdadeiro cristão tem um autêntico testemunho de vitória. 
Quando o apóstolo Paulo escreveu sua epistola aos romanos ele disse que o povo de Deus não é apenas vencedor, e sim, mas "mais do que vencedores" como vemos no capitulo oito e verso trinta e sete: “Mas em todas essas coisas somos mais que vence dores, por aquele que nos amou”.
Quem é apenas vencedor, se deleita somente com aquilo que esta a sua volta, porém quem é “mais que vencedor” é beneficiado por todas as coisas que Deus criou.
Na carta aos Colossenses encontramos ainda mais duas razões para que um verdadeiro cristão dê um autêntico testemunho de vitória:
1º - Nós somos mais que vencedores, “porque Jesus é o criador de tudo e de todos: “porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. “Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas; também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”. É isso que lemos em Colossenses capitulo um e versos dezesseis ao dezoito.
2º Somos mais que vencedores “porque Jesus despojou principados e potestades: “e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz” é o que está escrito na carta aos Colossenses capitulo dois e verso quinze. "e foi na cruz que Cristo tirou o poder dos governos e das autoridades espirituais. Ele fez desses poderes um espetáculo público, levando-os prisioneiros no seu desfile de vitória"  (Bíblia na Linguagem de Hoje).
Em sua segunda carta aos Coríntios capitulo dois no verso quatorze o apóstolo Paulo dá graças a Deus por participarmos da vitória de Jesus: “Graças a Deus, que sempre nos fez triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento.
Paulo aqui aproveita-se da figura de um general que sai vitorioso numa batalha travada contra o inimigo:
Quando um general romano voltava vitorioso de uma batalha marchava cidade adentro com uma longa procissão, precedida pelos magistrados da cidade.
Os magistrados eram seguidos pelos trombeteiros, depois vinham os espólios tomados do inimigo, em seguida os cativos liderados pelo rei do país que foi  conquistado, em seguida os oficiais do exército vitorioso e os músicos cantando e dançando e, por fim, o próprio general em cuja honra estava se fazendo aquela procissão.
Paulo se sentia um soldado do general vitorioso, partilhando da sua vitória.
Havia em sua vida o "cheiro" da vitória, em face da queima de plantas aromáticas.
Um verdadeiro cristão é alguém que, tendo passado por uma autêntica conversão, demonstra um autêntico testemunho da vitória de Cristo em sua vida.
Eu não posso concordar com um soldado do exército de Cristo dominado pela depressão, pela angústia, pelo medo, pelo desespero.
Se sua vida não tem sido vitoriosa, alegre, reaja em nome de Jesus!
Assuma sua condição de soldado de Cristo.
Clame ao Senhor para que o Seu Espírito Santo atue em sua vida e você passe a “andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra...”  (Cl 1.10).
E se você ainda não é um soldado de Cristo, eu te convido agora venha se alistar nesse exercito de vencedores, o seu ingresso no batalhão da vitória se dará nesse momento basta você entregar sua vida a Jesus Cristo e confiar na sua salvação.
Não perca tempo nem a oportunidade que Deus te concede venha agora, Jesus está de braços abertos terem esperando

 Cantemos agora o cântico Rompendo em Fé

Cada vez que a minha fé é provada
Tu me das à chance de crescer um pouco mais
As montanhas e vales, desertos e mares
Que atravesso me levam prá perto de Ti.
Minhas provações não são maiores que o meu Deus
E não vão me impedir de caminhar
Se diante de mim não se abrir o mar
Deus vai me fazer andar por sobre as águas
Rompendo em fé, minha vida se revestirá do Teu poder
Rompendo em fé, a cada dia vou mover o sobrenatural
Vou lutar e vencer, vou plantar e colher
A cada dia vou viver rompendo em fé
Cada vez que a minha fé é provada
Tu me das a chance de crescer um pouco mais
As montanhas e vales, desertos e mares
Que atravesso me levam prá perto de Ti.
Minhas provações não são maiores que o meu Deus
E não vão me impedir de caminhar
Se diante de mim não se abrir o mar
Deus vai me fazer andar por sobre as águas.
Rompendo em fé, minha vida se revestirá do Teu poder
Rompendo em fé, com ousadia vou mover o sobrenatural
Vou lutar e vencer, vou plantar e colher
A cada dia vou viver rompendo em fé.
Rompendo em fé, minha vida se revestirá do Teu poder
Rompendo em fé, com ousadia vou mover o sobrenatural
Vou lutar e vencer vou plantar e colher
A cada dia vou viver rompendo em fé

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Armadura de Deus

           Armadura é um conjunto de armas defensivas e ofensivas usadas pelos guerreiros medievais, especialmente aquelas que constituíam a sua vestidura e proteção direta do corpo (elmo, couraça, cota de malha, etc.); E sentindo anseios por estudar a cerca das armas espirituais de defesa para o cristão me propus a refletir sobre a carta de Paulo aos Efésios capitulo 6 onde o apostolo aconselha os crentes daquela cidade a usarem a armadura de Deus; e por isto este livro foi produzido com o tema “A ARMADURA DE DEUS”, Este livro apresenta um estudo sistemático a cerca do tema. Estaremos falando tanto dos equipamentos que compõem a armadura do soldado romano, como as armas que compõem a Armadura de Deus. No decorrer das paginas que se seguem você vai encontrar muitas referencias bíblicas, por isto te aconselho que no momento em que estiver saboreando a leitura deste livro você esteja de posse da sua Bíblia Sagrada para fazer a análise das referencias bíblicas direto em suas paginas, pois, muitas referências não estarão com o texto inserido, precisará do auxilio da Bíblia para ler o seu conteúdo, assim você vai poder formular suas próprias conclusões a respeito deste assunto. Espero que você faça uma boa leitura e seja abençoado por Deus, pois, acredito que a sua leitura servirá para esclarecer pontos importantes concernente ao uso da ARMADURA DE DEUS.


ARMADURA DE DEUS

            A frase “toda a armadura de Deus” vem das expressões inseridas nas páginas das Sagradas Escrituras, precisamente no texto escrito na carta de Paulo aos Efésios no seu capítulo 6 do verso 13 a 17; onde escrito: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, 0orando em todo o tempo com toda oração e súplica no espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos”.

            Quando lemos a epistola Paulina escrita aos Efésios a partir do capitulo 6 do verso 10 ao verso 17, encontramos ali Paulo fazendo referencia às armas que devemos usar no combate ao inimigo das nossas almas e obtermos vitoria diante deste mundo corrompido pelas ciladas armadas pelo diabo; No verso 12 o apostolo Paulo nos mostra claramente que a nossa guerra é contra Satanás, portanto, este conflito é espiritual e, por isso, nenhuma arma física poderá ser usada com efeito contra o diabo e seus demônios.
            Nós não possuímos a lista específica das táticas que são usadas contra nós. No entanto, a passagem bíblica em questão é bem clara e enfática quando sugere que devemos seguir fielmente as instruções nela contidas, pois elas são provenientes de Deus, e isto significa dizer que vamos poder resistir ao poder do mal e obtermos a vitoria em qualquer das artimanhas e ofensa impostas por Satanás.
            A primeira parte de nossa armadura é a verdade (v. 14). Isso é fácil de entender, já que Satanás é o "pai da mentira" conforme vemos no evangelho de João (8 v 44) onde o próprio Jesus fala aos fariseus: “vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.  A mentira é por Deus considerada abominação. Pois, na Bíblia encontramos a seguinte expressão Uma língua mentirosa é uma das coisas que o SENHOR aborrece veja Provérbios capitulo 6 do verso 16 a 19. No livro do Apocalipse capitulo 22 e verso 15, fala claramente que nenhum mentiroso vai entrar no céu. Então nós somos exortados a fazer uso da verdade para a nossa própria libertação e santificação como também para o bem daqueles a quem somos testemunhas.
            Já no verso 14 somos encorajados a nos vestir com a couraça da justiça. Uma couraça iria proteger um guerreiro contra um golpe fatal tanto no coração quanto em outros órgãos. Essa couraça em nenhuma hipótese são obras de justiça feitas por homens – apesar de que elas seriam usadas como barreiras de proteção quando usadas contra acusações e censuras do inimigo. Ao invés disso, essa couraça é a justiça de Cristo, imputada por Deus e recebida pela fé, a qual guarda os nossos corações contra as acusações de Satanás e protege o nosso ser interior contra seus ataques.
            O verso 15 fala-nos da preparação dos nossos pés para o conflito espiritual. O soldado moderno, assim como o guerreiro da antiguidade, precisa prestar bastante atenção aos seus pés, pois, o inimigo da antiguidade colocava obstáculos perigosos no caminho dos soldados que estavam avançando. Isso é bem parecido com os campos minados de hoje. Doenças também podem danificar os pés de um soldado que não protege seus pés. Calçar evangelho da paz refere-se à necessidade de se ter armas de defesa para avançar no território de Satanás; precisamos da mensagem da graça, que é essencial para se ganhar almas para Cristo. Satanás tem colocado muitos obstáculos no caminho dos cristãos na tentativa de impedir a propagação do evangelho de Jesus Cristo, e com isso levar as pessoas para o inferno.
            O escudo da fé, a quem o verso 16 faz referência, torna ineficaz a ação de Satanás em relação semear duvidas quanto à fidelidade de Deus e Sua Palavra.
            Nossa fé – da qual Jesus Cristo é o autor e consumador (Hb 12. 2) – funciona como um potente escudo de ouro, precioso, sólido e impenetrável. Esse escudo assemelha-se ao escudo dos guerreiros fortes, através do qual coisas muito importantes são alcançadas, e pelo qual um crente não só repele, mas também conquista a vitória contra seu inimigo.
           O capacete da salvação inserido no verso 17 é o utensílio da armadura que protege a cabeça e serve para proteger uma parte do corpo que é vital pára o guerreiro.
            Podemos dizer que o órgão que usamos para pensar precisa ser preservado. A cabeça de um soldado era uma das principais partes a ser protegidas, para que não viesse a sofrer um ataque mortal, a cabeça quem comanda o corpo. A cabeça funciona como o centro da mente, por isso, quando protegida com a “esperança” proporcionada pelo Evangelho, que é a vida eterna, em hipótese nenhuma o cristão recebe falsas doutrinas, ou deixar-se influenciar pelas tentações de Satanás.
            A pessoa não salva em nenhuma hipótese tem a esperança de se proteger do ataque das falsas doutrinas porque sua mente é incapaz de discernir entre a verdade e a mentira.
            Já o verso 17, auto interpreta-se quando fala a respeito da espada do Espírito. Enquanto os outros utensílios da Armadura de Deus são em sua natureza armas de defesa, encontramos aqui a única arma da Armadura de Deus que tanto é usada tanto para a defesa quanto para o ataque; referindo-se tanto ao poder contido na Palavra de Deus quanto à santidade que nos proporciona. Saiba porem, que não existe uma arma espiritual maior que esta.
            Quando Jesus Cristo foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo conforme Mateus 4. 1 a Palavra de Deus foi à única arma usada em sua defesa. Veja você que benção saber que esta mesma arma (a Palavra de Deus) está disponível para que todos nós possamos utilizar em nossa defesa quando formos interpelados pelo inimigo das nossas almas.
            No verso 18 somos aconselhados pelo apostolo a estarmos e4m todo o tempo orando com toda oração e súplica no Espírito. Isto significa dizer que precisamos ter a nossa mente voltada, ou seja, a nossa consciência subjugada por completo à autoridade de Jesus Cristo.
            Como vimos no verso 18, é de grande importância a prática diária da oração, pois, através dela somos habilitados a utilizar todas as armas que compõem a armadura de Deus; por isso recomendo a você observar esta passagem das Escrituras Sagradas, pois, ela demonstra uma fidelidade inerente e muito marcante em relação às prioridades da nossa vida, e que nos são impostas pelo próprio Deus; pois, nela vemos que este assunto se destaca por todas as epístolas paulinas; particularmente também acredito que a oração seja um dos elementos mais importantes para que possamos ter maturidade e crescimento espiritual suficiente para obtenção de toda proteção que precisamos da parte de Deus para as nossas vidas.
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            Como vimos na sua astúcia Satanás quis usar a fome que Jesus estava sentindo após seu jejum de quarenta dias, como pretexto para esconder as intenções contidas na pergunta: “se tu és o filho de Deus”, uma vez que quis apresentar o poder da Palavra de Deus, como um meio de subsistência física; Jesus, porém, lhe montra que a palavra de Deus, ou seja, o poder de Cristo é para conceder a vida e o novo nascimento ao homem, e não para prover-lhe sustento físico.
            Caso Jesus houvesse transformado aquelas pedras em pães como sugerido por satanás, cairia ele em contradição, pois, o homem deve comer do suor do seu próprio rosto, e não da palavra de Deus. Veja Deuteronômio no capitulo 8 verso 3 e compare com Gênesis 3. 19, onde Deus fala para Adão que ele comeria do suor do seu próprio rosto até que tornasse a terra de onde ele fora por Deus criado.
             Vamos então voltar ao cenário bíblico a que se refere esta o assunto em questão, para então podermos entender os motivos que levaram o apostolo Paulo a usar a palavra “armadura” como figura de linguagem, haja vista o contexto do mundo ou se você preferir a época em que vivia tanto o povo da cidade de Éfeso, quanto o próprio apóstolo. Mas para isso precisamos começar a análise do assunto a partir do verso 10 onde Paulo começa dizendo: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”.
            Como seria possível ao apostolo mostrar a importância da Palavra de Deus a cristãos convertidos dentre os gentios que tinham pouco ou nenhum contato com as Sagradas Escrituras? Qual seria a melhor maneira de falar da lei, dos juízes, e dos profetas, dos salmos, e dos provérbios, se as Escrituras estavam sendo apresentada aos poucos aos convertidos dentre os gentios?
            Ciente da necessidade de os cristãos serem inteirados e instruídos a cerca da palavra de Deus e, das dificuldades de apresentar aos gentios um estudo sistemático das Sagradas Escrituras, o apóstolo Paulo ao escrever aos cristãos da igreja de Éfeso utiliza figuras de linguagem, sendo uma delas a relação comparativa entre a palavra de Deus e as partes que compunham a armadura usada pelos soldados romanos.
          Quando comparamos Efésios com outras epístolas paulinas, verificamos que esta é a que menos contém citações ou faz alusão a escritura do Antigo Testamento, porém, ela nos apresenta um número maior de figuras de linguagem, que são muito eficientes na didática da Palavra de Deus. E dentre as figuras por Paulo apresentadas nesta epistola escrita aos crentes da cidade de Éfeso, figuras como: a família, o edifício, e o corpo, entre tantas outras, estamos abordando como tema deste livro “ARMADURA DE DEUS” de forma sistemática.
            O apóstolo Paulo recomendou aos Efésios que eles deviam ser fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (verso 10). – mas como se fortalecer no Senhor? - Qual a força do poder de Deus?
         A Bíblia demonstra que o evangelho de Jesus Cristo é o poder de Deus para salvação: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois, é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus, de fé em fé, como está escrito: mas o justo viverá da fé” (Rm 1. 16-17); “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós que somos salvos, é poder de Deus” (1ª Co 1.18).
            Visto que Cristo é poderoso para nos salvar: “Quem é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar" (Is 63. 1). Cristo é a força do Senhor, visto que Ele é o Verbo que se fez carne e está à destra do Altíssimo, o braço do Senhor.
            Vejamos as promessas reveladas aos que são fortalecidos no Senhor e na força do seu poder: “Disse-lhe mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não tem nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto; não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a nossa força” (Ne 8.10); “Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos” (Is 48.13).
            Para ser fortalecido no Senhor, basta confiar (esperar) em Deus’, pois o salmista nos diz no Salmo 31 verso 24: "Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que esperais no SENHOR". Ser fortalecido no Senhor é o mesmo ato antes recomendado, mas de um modo diferente aos cristãos que descansem em Deus, ou seja, que confiem plenamente no Senhor e na força do seu poder.
        A confiança do cristão decorre das promessas de Deus, e para se inteirar das Suas promessas se faz necessário meditar na sua palavra de dia e de noite; e este deve ser o deleite do cristão, pois a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Deus” (Rm 10. 17).
         A nossa confiança vem da palavra de Deus, e é o que nos afasta das vãs filosofias, que são produtos de mentes carnais que buscam satisfazer somente as suas concupiscências.
         Para que o crente seja fortalecido no Senhor e na força do seu poder, basta descansar nas promessas contidas nas Escrituras Sagradas, que é poder de Deus, uma vez que a palavra do Senhor é Cristo encarnado, é o braço do Senhor desnudado perante as nações.
            Os cristãos que professam ser Jesus Cristo o Senhor de suas vidas estão assentados nas regiões celestiais, e, portanto, estão cingidos de sua força, veja o que diz a Bíblia em Salmos 18 verso 32: "Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho”. Veja também Romanos 6 verso 10 a 13; “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”.
            Através de uma ordem imperativa dada pelo apóstolo Paulo, nos é demonstrado uma necessidade que é própria para todos os cristãos: “revestir-se da armadura de Deus”.
            Por que o cristão necessita revestir-se de toda a armadura de Deus? - Porque somente quando ele está revestido da armadura de Deus, é capaz de discernir as ciladas do diabo e defender-se dos dardos inflamados do maligno.
            O cristão que se reveste da armadura de Deus não será demoverá com facilidade das verdades contidas no evangelho de Jesus Cristo, e não será enlaçado, melhor dizendo: derrotado pelas astutas ciladas que o diabo lhe lança.
          O apóstolo Paulo compreendia como o diabo atua, veja o que escreveu em sua segunda carta aos Coríntios no capitulo 2 e verso 11: "Porque não ignoramos os seus ardis", e para não acusar os crentes de Éfeso de serem ignorantes, utilizou o pronome na terceira pessoa do plural (ignoramos). Há um alerta quanto ao perigo contido nas ciladas do maligno, pois, além da cilada ser algo por natureza dissimulado também é nomeada de astuta, veja o que Pedro escreveu em sua segunda epistola no capitulo 2 verso1º: "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmo repentina perdição" .
         Como atua o diabo? – o diabo atua utilizando ciladas astutas, ou seja, aproximando-se disfarçadamente e com astucia daqueles a quem que quer enganar.
            As ciladas do diabo consistem tão somente em tentar transtornar, ou seja, anular a mensagem do evangelho: “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento)” (At 15.24); “Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornaram casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância” (Tt 1.11).
        Quando lemos as Sagradas Escrituras a partir do livro de Gênesis descobrimos que desde o Éden a ação de Satanás consiste em introduzir mentiras no coração das pessoas para transtornar a verdade da palavra de Deus. Sua astúcia é tão grande que com uma pergunta, aparentemente simples, semeou a incredulidade no coração de Eva veja o capitulo três em seu primeiro verso: “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim”?
           A pergunta formulada por Satanás era uma armadilha engendrada com astucia. Notamos que enquanto Deus apresentou plena liberdade ao homem, Satanás faz evidencias a uma sórdida proibição: “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente...” (Gn 2. 16).
            As ciladas de Satanás são astutas porque ele aproveita-se da falta de entendimento e compreensão das verdades contidas na palavra de Deus e as inclinações emocionais para introduzir encobertamente palavras de engano no coração do homem “Então a serpente disse à mulher: “Certamente não morrereis” (Gn 3.4). Geralmente o homem demonstra ser zeloso ”... Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais “(Gn 3:3), porém deixa-se guiar pela aparência, pelas sensações e pelas emoções, "E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela" (Gn 3:6), mas é negligente quanto à palavra que lhe preserva a vida “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). 
           Com Cristo houve uma diferença a astuta cilada não logrou êxito, pois, quando o diabo falou: "Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães" (Mt 4.3), Cristo respondeu segundo a sua essência: “Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4).
          Observe que diante da necessidade física sentida pelo Messias, o diabo trouxe à tona a idéia de que Cristo possuía o poder necessário para saciar a sua própria fome, porém, sua proposta e afirmação foram feita com a intenção de semear a dúvida (Se tu és), e se Cristo se propusesse a provar que era o Filho de Deus sinalizaria a incerteza. A astúcia de Satanás é tamanha, pois todas as Sagradas Escrituras apontavam para Jesus Cristo como sendo ele o autor e consumador da nossa fé e como sendo o enviado de Deus "Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer" (Sl 22. 8 e Mt 27.43).
            O diabo que é a antiga serpente astuciosamente intentou fazer com que o último Adão, que é Jesus Cristo, incorresse no mesmo erro cometido pelo primeiro Adão: não confiar na palavra de Deus (do Pai).
            Como dissemos anteriormente à fome que Jesus sentia após seu jejum foi usada pelo diabo como meio para esconder a capciosidade contida na sua pergunta com a afirmativa “se tu és o filho de Deus”, uma vez que apresenta o poder de Cristo (a palavra de Deus) como meio de subsistência física, porém, Jesus demonstra que a palavra de Deus (o seu poder) é para conceder vida (novo nascimento) ao homem, e não para prover-lhe sustento físico. E que caso Jesus transformasse as pedras em pães haveria uma contradição, pois o homem deve comer do suor do seu rosto, e não da palavra de Deus (Dt 8:3 compare com Gn 3.19).
         Deus deixou o povo de Israel passar fome quarenta anos no deserto para que o povo entendesse que não é só de pão que vive o homem, mas do poder contido na palavra que sai da boca de Deus (Dt 8. 3). Após passar quarenta dias jejuando Jesus demonstrou que compreendeu a lição dada pelo Pai, pois diante da fome soube distinguir que o homem comerá do suor do seu rosto, e que para ter vida depende exclusivamente do poder contido na palavra de Deus (Mt 4.4). Satanás sabia que havia em Cristo a disposição interna em realizar a vontade de Deus: “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6. 38). Diante deste anseio o diabo apresenta a proteção divina que estava prevista nas Sagradas Escrituras para o Messias como meio de fazer com que Cristo tentasse a Deus. Embora sendo Filho de Deus, o Messias não poderia por Deus à prova para ter certeza da sua filiação.
           A maior prova que temos que somos filhos de Deus não está na proteção diária, antes está na obediência à palavra de Deus.
          Como as propostas contidas nas afirmações do diabo não demoveram o Messias de sua confiança em Deus, Satanás propôs dar a Cristo o que fora prometido pelo Pai. O Pai havia prometido ao Filho que lhe daria todas as nações por herança e os confins da terra por possessão (Sl 2. 8), e Satanás propõe agilizar, ou seja, acelerar este processo. Ele propõe entregar sem lutar o seu reino a Jesus Cristo com uma única e simples condição, e esta condição consistia em Cristo prostrar-se e o adora-se.
          Se Cristo pedisse a Satanás o reino que lhe estava sendo mostrado, estaria rendendo adoração ao inimigo, pois o Pai disse: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os confins da terra por tua possessão” (Sl 2. 8).
            Jesus Cristo rejeitou a proposta satânica e conquistou todas as coisas (promessas) na cruz, e o Pai lhe concedeu um nome que é sobre todos os nomes como lhe havia prometido: “E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.15).
         Satanás não teve qualquer chance diante de Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado fez uso da armadura de Deus diante dos dardos inflamados do inimigo, Jesus utilizou a sua palavra como escudo e broquel (Sl 91.4).
         Ciente dos riscos que ronda os Cristãos, o apóstolo Paulo expressa o seu temor quando escreve sua segunda carta aos Coríntios veja capitulo 11 verso 3: "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo".
         A ação primária do diabo é manter o homem na ignorância acerca do poder contido na palavra de Deus. Somente a ignorância mantém o homem longe de Deus, uma vez que Deus já providenciou salvação poderosa para todos os homens desde a casa de Davi: "Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração" (Ef 4.18).
         O tempo em que o homem permanece separado de Deus é descrito como sendo o tempo da ignorância (At 17. 30; 1ª Pe 1. 14) por possuir o entendimento entenebrecido (no escuro em trevas), se mantém separado de Deus por ignorar a salvação que lhe é ofertada em Jesus Cristo.
         Quando o homem vive na ignorância, desregrado entende não ser merecedor da graça divina. Outros, envoltos na mesma ignorância aplicam-se a religiosidade, a moral, a lei, a filosofia, ao ascetismo, ao sacrifício, e ao ritualismo, etc., pois entendem que deste modo se achegarão a Deus.
            Em ambos os casos, os homens estão entenebrecidos no entendimento permanecendo separados de Deus pela dureza do seu coração.
         Embora o homem permaneça nas trevas por rejeitar a luz, não significa que a palavra de Deus haja falhado. A graça de Deus manifestou-se a todos os homens na bendita pessoa de Jesus Cristo conforme Ele predisse nas Sagradas Escrituras, porém, mesmo diante da fidelidade e do amor de Deus muitos preferem as trevas e não vem para luz: “porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas (Jo 3. 20).
            O cristão não deve lutar contra carne e sangue, ou seja, a luta do cristão não é contra as pessoas por causa de suas origens, nacionalidade, condição social ou religião. A nossa luta. A nossa batalha é na verdade travada contra Satanás e todas as suas hostes infernais.
            Por quê? - Porque seria imprudente lutar-mos contra os homens, uma vez que Deus amou o mundo de tal maneira que entregou o seu Filho para salvar todos os que se haviam perdido (Jo 3. 16), pois, todos os homens ao nascerem entram por Adão, a porta larga, e passam a trilhar um caminho largo que os conduz a perdição, afirmando assim que o não entregar-se a confiar em Cristo, os levará a perdição e ao abismo eterno.
            Judas sabia contra o que estava lutando, pois desejou fazer um tratado acerca do embate que estava travado, veja o que ele diz: “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (Jd 3 -4).
          A desobediência de Adão tornou a humanidade culpável diante de Deus. Nada que o homem faça pode livrá-lo do juízo e da condenação imposta sobre a humanidade. O diabo sabe disto e promove inúmeras distrações para que o homem permaneça longe da verdade e do conhecimento do evangelho, que é o poder de Deus para os que crêem.
           Saiba, porém, que a base das operações do diabo está nos lugares celestiais. Como pode ser isto? - Ora, os cristãos estão assentados por Cristo nos lugares celestiais, e como o mundo jaz no maligno (pertence a ele por causa da morte, da lei e do pecado), a ação do inimigo é atuar entre os cristãos semeando o joio que são: as heresias, a filosofia, o legalismo, o moralismo, os sacrifícios e os rudimentos da lei, estas são as ações usadas pelo diabo na tentativa de arrebatar a semente que foi lançada no coração dos homens que estão nos lugares celestiais em Jesus Cristo: “E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do homem; O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno; O inimigo, que o semeou, é o diabo” (Mt 13. 37 -39).
         Geralmente as pessoas imaginam que o diabo luta utilizando a luxúria, e a pornografia, também o roubo, mentira, a raiva, e o ódio, entre tantas outras coisas na tentativa de derrotar os homens, porque eles desconhecem que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. Ou seja, estão mortos e jazem no maligno. Por Adão o juízo de Deus e a condenação já foram estabelecidos, veja Romanos 5. 18.
            As práticas humanas não são a causa da condenação, antes aumentam a medida da ira de Deus que será derramada sobre eles: "Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus" (Rm 2:5).
            Muitos estão visualizando as armas utilizadas na guerra entre o reino da luz o reino das trevas como se fossem espadas, pois, lembram da passagem bíblica onde o apóstolo Paulo faz comparação entre a palavra de Deus a uma espada de dois gumes, porém, as armas dos dois reinos resumem-se em sementes e esta semente divide-se em três tipos de semente que são: A primeira semente é a semente corruptível, que é o nascimento segundo a carne de Adão; A terceira semente é a incorruptível, que é a palavra de Deus, que produz filhos para Deus segundo o último Adão, homens espirituais e a terceira semente é o joio, que é a semente do maligno.
            Quando nascem, os homens são pecadores por natureza, pois foram formados em iniquidade e concebidos em pecado. Com relação a estes que se desviaram desde sua madre, basta ao diabo mantê-los sem entendimento na ignorância e entenebrecidos segundo a dureza dos seus corações.
            Mas, quando o homem recebe a palavra de Deus em seu coração, recebe o poder para serem feitos filhos de Deus. São filhos nascidos de Deus, e não da carne e do sangue ou da vontade do varão: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas da vontade de Deus” (Jo 1. 12 -13).
            É pelo plantio da semente da palavra de Deus no coração dos homens que ocorre o embate entre o reino das trevas e o reino da luz (carne versus Espírito). No coração onde foi lançada a semente incorruptível, o diabo faz as suas investidas na tentativa de arrancá-la, para que o evangelho não tenha eficácia (Mt 13. 4). As ações das aves, do sol, dos pedregais e dos espinhos são implacáveis.
            E como isto acontece? - Através do joio semeado pelo maligno no campo do pai de família.
            Observe que o maligno busca semear joio no campo que pertence ao pai de família (Mt 13. 25), ou seja, a batalha se dá nos lugares celestiais como descrito em Efésios capitulo 6 verso 12, uma vez que os falsos profetas vem até aqueles que creram vestidos de ovelhas, mas na verdade eles são como os lobos devoradores: "Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco" (2ª Pe 2. 13; Mt 7. 15).
            Qualquer que alimentar-se do joio que surgiu no campo do pai de família continuará nas trevas entenebrecido no seu entendimento e pode confundir os ‘meninos’ na fé, arrastando-os com seus ventos de doutrinas conforme vemos descritos na epistola aos Efésios capitulo 4 verso 14.
            Com isto há um crescimento vertiginoso da plantação, porém, o que se vê não é trigo, mas joio. E é por isto que Cristo alerta: “Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho” (Mt 13. 19).
            O reino dos céus e o reino deste mundo consistem em plantas que o pai plantou e nas que o pai não plantou (Mt 15. 13). O embate se dá através de sementes! Sendo a semente de Adão corruptível, a semente da palavra de Deus incorruptível e a semente do maligno, o joio.
             Com qual semente o cristão deve ter cuidado? Com o joio, ou seja, com as palavras que convertem em dissolução a graça de Deus, pois não devemos lutar contra carne e sangue, que são plantas oriundas da semente corruptível de Adão. O embate é para que o maligno não lance a sua semente no campo.
            O apóstolo Paulo demonstra que a ação do maligno se dá nos lugares celestiais, visto que os cristãos estão assentados nas regiões celestiais em Cristo e que os lobos disfarçados de ovelhas buscam tragá-los "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores" (Mt 7.15; 1ª Pe 5. 8). Se os falsos profetas vêem até os que crêem, isto significa que a batalha é travada nos lugares celestiais, onde o crente está assentado em Cristo (Ef 1. 3 e 2. 6).
            É por isto que o crente deve tomar toda a armadura de Deus: para que possa resistir no dia mau! Qual o dia mau? O dia mau refere-se ao ataque do maligno “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5. 15 -17).
            Aquele que entende e faz à vontade de Deus, anda prudentemente. É cheio do Espírito Santo, pois fala segundo a palavra de Deus (Ef 5. 19). É neste sentido que Cristo ensina os cristãos a orarem: "E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém" (Mt 6. 13).
            Cristo foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado. A tentação ocorreu com base na palavra de Deus, visto que o inimigo fez uma citação das Escrituras Sagradas que continha uma promessa específica para Cristo, porém, a sua astúcia estava em fazer com que o Messias caísse em contradição ao tentar o Pai caso se lançasse do pináculo do templo.
            Aquele foi um dia mau, mas Cristo foi livrado pelo Senhor, pois compreendia qual era a vontade do Pai (Mt 6. 13).
            Após tomar toda a armadura de Deus e resistir no dia da tentação, lhe basta permanecer firme. “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça”. A firmeza encontra-se no ato de cingir os lombos com a verdade. E o que é isto? - O apóstolo Pedro responde: “Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo” (1ª Pe 1. 13). Cingir é o mesmo que ajustar, prender, não deixar frouxo. - Cingir o lombo do entendimento é o mesmo que: "Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade..." (Ef 3. 18).
            Quem possui os lombos cingidos com entendimento não aceita outro evangelho "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gl 1. 8).
            O lombo que deve ser revestido é o lombo do entendimento. Como? - Basta esperar somente e inteiramente na graça ofertada por Deus em Cristo Jesus. Qualquer que espera somente em Cristo para ser salvo é porque tem os lombos cingidos com a verdade. - Cristo é a verdade, e após crer em Cristo o homem torna-se um com a verdade. Conhecer a verdade é ter união íntima, momento em que o cristão é vestido com o manto de justiça.
            O possuir o entendimento cingido com a verdade é etapa posterior ao conhecer a verdade. É o mesmo que revestir-se da armadura. É ter a mente de Cristo! Para ser revestido da justiça basta crer na mensagem do evangelho, revestir-se da armadura demanda diligencia e guardar o que foi anunciado pelo Filho de Deus, veja capitulo 2 e verso 1 de Hebreus: “Portanto, convém-nos atentar, com mais diligencia, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos dela”. E também capitulo 6 verso 1: “Pelo que deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus”.
            O cristão deve colocar a couraça da justiça. A palavra couraça faz alusão a algo que resiste a ataques externos, ou seja, se alguém intentar acusação, contra quem a usa, não prevalecer. Os cristãos têm a certeza a de que ninguém intentará acusação contra ele, pois agora ele está por Cristo incluso entre os que por ele foram escolhidos: "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica" (Rm 8. 33). Aquele que está morto em Cristo já está justificado do pecado! (Rm 3. 24; 5, 1; 6. 7). Está é a certeza do crente, pois o braço do Senhor vestiu-se de justiça, como de uma couraça para vir ao mundo e resgatar a humanidade "Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto" (Is 59. 17; 11. 5).
            É por isso que o apóstolo João diz que os cristãos são mesmo filhos de Deus, pois foram gerados de novo e vestem-se da mesma armadura do primogênito Filho de Deus (1ª Jo 4. 17).
            O manto de justiça de Cristo decorre da obediência em tudo d’Ele para com o Pai. Já a injustiça de Adão decorre do fato dele não ter crido na palavra de Deus que lhe preservava a vida, e ficou despido de justiça, ou seja, pobre, cego e nu.
            “E calçados os pés na preparação do evangelho da paz”. Por que os cristãos necessitam calçar os pés na preparação do evangelho da paz? - Porque, como embaixador dos céus, deve estar apto a anunciar as boas novas do evangelho a todas as nações. Após calçar os pés, fará com que os homens ouçam que em Cristo a inimizade entre Deus e os homens foi desfeita. - Cristo é a paz dos cristãos, e os cristãos foram comissionados com a mesma missão desempenhada por Cristo "Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!" (Is 52. 7).
            “Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”. É o escudo da fé que concede poder para apagar os dardos inflamados do maligno. – O escudo do cristão é a palavra de Deus, e a fé é a palavra de Deus, ou seja, a fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 1. 3); "O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; é um escudo para todos os que nele confiam" (Sl 18. 30); "Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele" (Pv 30. 5); "Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel" (Sl 91. 4).
            É comum confundir a fé (evangelho) que foi revelada com a fé (crer) que é descansar. Os cristãos têm fé (crê, acredita, descansa) na fé (evangelho) que foi manifesta em Cristo "Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar" (Gl 3. 23).
            Somente possuindo o evangelho que é poder de Deus, o cristão pode destruir todos os dardos inflamados do inimigo.
            “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. Todos quantos crêem em Jesus Cristo são participantes da morte de Cristo, ou seja, foram batizados na sua morte. Como morreram com Cristo, também ressurgiram, ou seja, revestiram-se de Cristo "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo" (Gl 3. 27). Após ressurgir, o cristão está de posse do capacete da salvação, a esperança da glória: "Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação" (1ª Ts 5. 8). O cristão deve portar a espada do Espírito, que é a palavra de Deus e deve manejá-la bem, pois o bom manejo qualifica o obreiro como aprovado, e que não tem do que se envergonhar. Obreiro que não maneja bem a palavra da verdade é uma vergonha "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2ª Tm 2. 15).
            Todas as peças que compõem a armadura de Deus consistem no bom manejo da palavra da verdade, e, portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas.
          “Portanto revesti-vos de toda a armadura de Deus”. Paulo disserta a respeito da armadura de Deus no capitulo 6 de sua carta aos Efésios fazendo uma comparação com a armadura do soldado romano. Roma era o maior império da época com os melhores soldados e eles lutavam como se fossem um único homem, com estratégias de guerra, sempre unidos, nunca lutando sozinhos e por vezes usando seus escudos para proteger o soldado ao lado. Os soldados romanos lutavam por Roma e por César, o imperador romano e estavam dispostos a morrer por isto.
            Quem assistiu ao filme “o Gladiador”, pode ver o general Maximus falando para sua tropa que tudo que eles fizessem aqui ecoaria na eternidade. Eles lutavam com toda sua força e honra e morriam por isto. Não apenas lutavam, mas tinham objetivos. E seus objetivos eram propagar Roma, pois acreditavam que as nações ao redor eram obscuras e tristes e Roma era a luz.
            Desta forma a armadura romana era algo que representava força e honra. Quando Paulo cita a armadura de Deus, ele utiliza o termo grego PANOPLIAN, a mesma palavra usada para a armadura romana. E quando o soldado vestia-se desta armadura, não era simplesmente uma armadura que ele, e sim ele era revestido da autoridade de César. Se alguém se levantasse contra um soldado romano, era como se estivesse se levantando contra o próprio imperador César.
           Assim também Deus nos reveste com sua autoridade. Como cristãos somos revestidos da armadura de Deus, e somos chamados para fazer parte do exército do Senhor, para sermos guerreiros seus. E todo aquele que se levanta contra um servo do Senhor, se levanta contra o próprio Deus e quem se levantará contra o braço forte do Senhor?
            Deus nos reveste com sua armadura para lutarmos contra os principados e as potestades celestiais e dá-nos a autoridade para ir-mos em seu nome. Deus reveste-nos com sua salvação, com a sua justiça, e com a sua verdade na preparação do evangelho fazendo-nos também conhecedores de sua palavra. Que sejamos revestidos com a PANOPLIAN de Deus!


Vestindo a Armadura de Deus

 

           “Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6. 13-17).
          Todos os dias nós enfrentamos diversas batalhas, seja na profissão, seja em nosso lar, ou com os nossos amigos. Onde quer que estejamos, temos lutas e obstáculos a transpor. Por isso precisamos estar bem preparados para essas batalhas.
            A lição básica para todo cristão é vestir a armadura de Deus todos os dias. Sim, isso implica em pedindo a Deus pedindo-lhe que nos revista com sua armadura, nos exatos termos do texto de Efésios, descrito acima. Portanto, é muito importante saber como vestir essa armadura e é isso que vamos aprender agora e, para isso vamos analisar a cada um dos componentes da armadura de Deus separadamente:
            O cinturão da verdade - É o primeiro dos componentes da armadura de Deus a ser colocado. Há uma cultura social de que pequenas mentiras, supostamente inofensivas, não trazem prejuízos, mas isto não é verdade. A Bíblia nos ensina que a mentira não vem de Deus: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (Jo 8. 44). Portanto, aquele que mente, por menor que seja a mentira, torna-se vulnerável as ações do diabo, pois abre mão de uma parte importante de sua armadura.
            Portanto, não importam quais sejam seus motivos Seja sempre verdadeiro, você não é obrigado a responder a tudo o que lhe perguntam nem tão pouco passar todas as informações que te solicitam, tenha sabedoria e não abra mão de seu cinturão da verdade.
            A couraça da Justiça é a segunda arma do conjunto - A couraça é a indumentária que tem como objetivo proteger os órgãos vitais, como coração, pulmões, e fígado. Muitos brasileiros se orgulham do rótulo de que somos o país do "jeitinho", da malandragem. O problema é que a injustiça é como uma droga. Tudo começa com o desrespeito a um sinal de trânsito, nada demais. Depois, passa a ser uma fofoca contra um colega, tão comum, não? E depois o individuo passa a não devolução algumas moedas de um troco errado, o que tem de mais nisso? Todos fazem isso, não é mesmo? Quando a pessoa se dá conta, o seu corpo já está agindo em função da corrupção.
            Guarde o seu coração e o seu corpo dos malefícios da injustiça, não caia na ilusão de que algo errado possa te trazer alguma vantagem.
            Nenhum dinheiro, vitória ou promoção pessoal vale o preço de uma vida. Portanto: “Não cometereis injustiças no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na medida. Balanças justas, pedras justas, efa justo e justo him tereis, eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito”. (Lv 19. 35-36). Seja sempre justo, consigo mesmo e com seus semelhantes,  inclusive nas pequenas coisas, e nunca deixe de vestir a sua couraça da justiça; isso pode ser muito perigoso.
            Os pés calçados na preparação do evangelho da paz é o terceiro item da armadura de Deus. - O evangelho de Cristo nos traz muitas orientações quanto aos caminhos em que nós devemos andar, sendo a principal delas o que diz: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mt. 7. 13).
            Precisamos calçar os nossos pés na preparação do evangelho de Cristo para podermos trilhar esse caminho, a fim de que “não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Ef. 4. 13). Se Deus nos deu estas orientações para que as sigamos é porque existe a forma correta de seguir seus caminhos e não devemos seguir o que nós "achamos" que seja correto.
            Um problema de matemática pode ser resolvido de várias formas, mas de acordo com os objetivos propostos, existe a fórmula correta para encontrar o resultado pretendido. Não adianta querer utilizar uma fórmula de divisão, por achar mais fácil, se o correto é utilizar uma fórmula multiplicação devemos, portanto, proteger nossos pés de maus caminhos, seguindo sempre os passos de Jesus.
            A quarta arma do conjunto é o Escudo da Fé - Se você está utilizando o escudo da fé com habilidade, não importa qual seja o ataque que você possa estar sofrendo, saiba que nada te abalará. Se alguém te disser que você é um derrotado, pela fé você saberá que: “em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”. (Rm 8. 37). Se alguém disser que Deus te esqueceu, você saberá que: “Ele é o teu Deus, o teu refúgio, a tua fortaleza, e nele confiará”. (Sl 91. 2). Se alguém disser que você está sofrendo muito, saberá que: “as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Rm 8. 18).
            O cristão que usa o escudo da fé em seu dia a dia está protegido de toda seta que o inimigo possa lançar contra o seu coração, permanecendo forte para ser vitorioso na batalha.
             O quinto elemento da armadura de Deus é o capacete da salvação - Nossa mente é o local onde são travadas todas as nossas batalhas espirituais. É o local onde todas as nossas decisões são tomadas e é por isso que é tão importante que esteja protegida de ataques externos de maneira que: “devemos manter cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” (2ª Co 10. 5). Ao vestir o capacete da salvação e manter nossos pensamentos em Cristo, nos livramos das tentações diárias, que nos levam a errar. Por isso, precisamos nos manter sóbrios em todo o tempo: “Sede sóbrios, vigia, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1ª Pe 5. 8).
            Quando o cristão não tem em sua mão o controle da sua mente e decisões, ele abre espaço para tragédias, como acidentes, más opções, crimes etc. Detenha sempre o controle de sua mente e em todo o tempo você vai poder descansar no Senhor, você não precisa abrir mão da sobriedade, esteja sempre alerta e ciente de tudo o que está acontecendo ao seu redor, a fim de que possa sempre tomar decisões corretas, pautadas nos caminhos do Senhor.
             A sexta peça é a espada do Espírito - A palavra de Deus é a arma que devemos utilizar em nossas batalhas. A Bíblia é a palavra de Deus. Portanto, quando estiver diante de algum desafio na sua vida, não fique parado, aguardando ser devorado, parta para o ataque, usando a palavra de Deus, pois está escrito: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo, vós também vencereis”. (Jo 16. 33) e “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós”? (Rm 8. 31).
            Portanto, não se deixe abater, fique firme e aguarde a ordem do Senhor: “e há de ser que, ouvindo tu um ruído de marcha pelas copas das amoreiras, então sairás à peleja; porque Deus terá saído diante de ti, para ferir os teus inimigos” (1ª Co 14. 15), “pois Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a sua justiça que de mim procede, diz o SENHOR (Is. 54. 13).
            Estas são a utilidade de cada item da armadura de Deus. - E aí, já vestiu sua armadura hoje? Se não, o que está esperando para se proteger? - Vá agora mesmo à presença de Deus e declare a Ele que está vestindo sua armadura, declamando item por item e, então, use-os. Pare de enfrentar batalhas sem proteção, a armadura de Deus é gratuita e está disponível a todos que quiserem utilizá-la.

 

Deus nos chama para lutar

 

            A inversão de valores que se vê na sociedade atual é cada vez maior. O que é certo passa a ser considerado errado, careta ou ultrapassado. Por sua vez, o que é errado é moderno e deve ser preservado amparado pela liberdade de expressão.
            Não estou afirmando que a liberdade de expressão e o livre arbítrio não tenham os seus valores, o que acontece é que não se trata de direitos absolutos. Pois o nosso direito termina quando começa o das outras pessoas. Só que a liberdade individual não pode ser tida como infinita, sob pena de soterrarmos a verdadeira liberdade, que por sua vez acabará se tornando em utopia, um sonho inalcançável. Não obstante, o conhecimento dessa verdade tão sábia vem sendo deixado de lado. Tal fato não deveria nos causar nenhuma surpresa, uma vez que por Deus através da Bíblia já havíamos sido orientado a cerca dos acontecimentos últimos dos dias: “O mundo jaz no maligno” (1ª Jo 5. 19) .
            Afinal o que devamos fazer diante de tanta promiscuidade?   - Ignorar? Fazendo de conta que não estamos vendo nada?
            Obviamente que não! Pois Deus nos diz em sua Palavra: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12. 2). A nossa atitude precisa ser oposta e com todas as nossas forças devemos ir de encontro e bater de frente com o mundo, pois nós somos o sal da terra. Porém é obvio que é importante que saibamos a forma correta de fazer isso, ou seja, qual a forma que Deus nos ensina para combater o mal que está abatendo a nossa sociedade moderna. 
        Lendo atentamente o capitulo 5 e o versículo 19 de 1ª João você pode perceber que a Bíblia declara que o mundo jaz, (morto, afundado, apoiado, prostrado) no maligno. Subentende-se então com isso é que o mundo está totalmente entregue ao maligno, sem nenhuma ação ou perspectiva de ação.
            Neste caso, maligno remete diretamente a figura do diabo (inimigo, adversário, mal).
            Não vemos, portanto, nenhuma referência ao ser humano. Isso não significa que não sejamos responsáveis por nossos atos, mas que o ser humano, ao contrário do que ele pensa, não exerce o domínio sobre este mundo, quem o exerce é Satanás.
            Em outras palavras: o mundo em que vivemos encontra-se sob o domínio do adversário e em rebelião contra Deus. Embora possa parecer arcaico, esse ensinamento é profundo e verdadeiro e apenas após tomarmos plena e total consciência desta verdade é que podemos lançar mão de nossas armas espirituais e nos embrenharmos na batalha. Do contrário, todo esforço será inútil e, o que é pior, nós estaremos direcionando nossa força para o alvo errado.
           “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6. 12) .
           Isso significa que não devemos combater aquele que nos ofende, nem aquele que mata e muito menos aquele que se droga, porque são todos reféns do pecado. Em verdade, estes são nossos irmãos, que precisam de nossa ajuda e do nosso auxílio para que eles possam passar a conhecer qual é a boa e perfeita vontade de Deus  para as suas vidas e só então serem libertos.
            Nossa batalha não é neste mundo natural e sim no mundo espiritual, a fim de contestar o domínio de Satanás exercido sobre o mundo. Também não devemos fazer da ira, da indignação, da fúria as nossas armas. Ora, Deus é amor e é óbvio que tais sentimentos não compartilham com a Sua natureza, não podendo, portanto elas em hipótese nenhuma fazer parte da vida daqueles que militam em seu exército. 
            É através do amor, que nos é concedido pelo Espírito Santo de Deus, que entramos nessa batalha, cujas únicas armas são: oração e conhecimento bíblico.
            Não se iluda, embora a oração seja importante, ela deve estar obrigatoriamente ligada ao conhecimento da vontade de Deus que revelada exclusivamente através da sua palavra Bíblia, a fim de evitar derrotas:
             “O meu povo perece por falta de conhecimento” (Os 4. 6). Isso tudo significa uma coisa: você deve parar de se aborrecer com aqueles que agem errado. Ore por eles e os ensine a palavra de Deus, se permanecer no erro, perdoe-os até 70 vezes 7 caso seja necessário.
            Não faça da indignação sua arma, pois ela é imprópria para esta batalha. Isto porque, embora você possa até conseguir ferir o seu alvo, os maiores ferimentos estarão em você mesmo. Ao usar a indignação como arma, você vai morrendo aos poucos.
            Nunca se esqueça: Não é possível combater o mal usando o próprio mal.
            Portanto, levante-se e prepare-se: “Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.13-18. Levante-se e lute, pois, Deus sempre estará contigo. “Portanto, tomai TODA a armadura de Deus, para que possais RESISTIR no dia mau e, havendo feito tudo, ficar FIRMES” (Efésios 6. 13).  

 

Armadura de Deus:

Porque precisamos dela?

 

            O apostolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, lança mão da figura de uma armadura do soldado Romano, para escrever a carta aos efésios, cujo capítulo seis fala acerca da armadura de Deus.
            Mas por que precisamos de uma armadura? - Nós precisamos da armadura de Deus porque estamos diariamente sendo atacados por satanás. Adão e Eva, os dois primeiros seres humanos criados por Deus viviam em paz, fazendo a vontade de Deus, tudo ia bem e perfeito, até que Satanás entrou na história e tudo mudou para pior.
            A sua história com Deus talvez esteja como a deles, tudo em paz, tudo bem e perfeito, mas o inimigo de nossas almas quer entrar também na sua e na minha história para estragar tudo.
           O diabo infiltrado no coração da serpente disse a mulher: “Certamente não morrereis” (Gn 3:. 4). Deus havia dito a Adão que se ele comesse o fruto da árvore proibida eles morreriam, mas Satanás incorporado na serpente disse a mulher, “não morrereis”.  O mais difícil em lutar contra o diabo é que nós nunca sabemos como ele virá disfarçado. Para Adão e Eva veio disfarçado de serpente.
            Há momentos que o diabo se apresenta como alguém que quer fazer o bem para nós. No evangelho de Mateus capitulo quatro está registrada a experiência de tentação no deserto a qual Jesus enfrentou, Satanás se apresentou a Jesus, e por três vezes, chegando até a lhe oferecer riquezas e vantagens para que ele abandonasse o plano de Deus para sua vida, a mesma coisa ele quer fazer comigo e com você, quer que nós abandonemos os planos de Deus para as nossas vidas, Jesus venceu a Satanás com a palavra de Deus e nós só o venceremos se a palavra de Deus estiver em nós, como disse o próprio Senhor Jesus em João 15. 7: “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós,pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
            Por isso nós precisamos obter o conhecimento da vontade de Deus, as suas palavras precisam estar em nossos corações para que possamos nos vestir da sua armadura e entrarmos na batalha e sairmos dessa guerra como vencedores. É por isso que precisamos da armadura de Deus.




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