Malaquias 3. 10
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que
haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma
bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança”.
2º Crômicas 31.5
“E, depois que essa ordem se
divulgou, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, e de mosto,
e de azeite, e de mel, e de toda a novidade do campo; também os dízimos de tudo
trouxeram em abundância”.
2º Crômicas 31. 12
“Ali, meteram fielmente as ofertas, e os
dízimos, e as coisas consagradas; e isso estava a cargo de Conanias, o levita
maioral, e Simei, seu irmão, o segundo”.
Introdução:
Quero introduzir esse singelo manifesto (Documento escrito que expõe uma declaração)
dizendo que pelo fato de dízimos e ofertas serem um assunto tão polêmico, eu fiz
um levantamento histórico sobre o assunto, pois, muitos cristãos por não
saberem o que é o dizimo, não o devolve, e com isso estão atraindo maldição
para suas vidas; nesse estudo estaremos abordando o “dizimo” desde os
primórdios, ou seja, desde que Deus escolheu Israel como Seu povo, pois, há muito
se discute a natureza e a importância dos dízimos e ofertas.
Estarei me esforçando ao máximo para que vocês não só aprendam a
respeito de dízimos, mas também tomem conhecimento de que ao devolve-lo, você
está: adorando a Deus, contribuindo com a
propagação do evangelho, agindo fielmente concernente a gratidão a Deus pelo
seu sustento, contribuindo com o sustento da obra de Deus, custeando
construções de templos para uso da igreja, contribuindo com o sustento de famílias
carentes, entre tantas outras coisas oriundas da devolução dos dízimos e o
oferecimento de ofertas para a igreja.
Entregar dízimos e ofertas é uma prática já conhecida pelas civilizações
antigas; os gregos, romanos, cartagineses e os árabes praticavam o dízimo e,
assim como os hebreus, essa prática fazia parte da piedade religiosa.
Quando falamos de dízimos e ofertas,
devemos ressaltar que sob a ótica teológica, ouvimos falar de dízimos na Bíblia
pela primeira vez antes de Deus dá a lei mosaica; em Gênesis capítulo 14
do verso 18 ao 20, está registrada a passagem onde mostra pela primeira
vez alguém entregando dízimos, vamos ler então: “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e
vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e
disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e
bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E
deu-lhe o dízimo de tudo. Abraão
deu dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, dos despojos que trouxe
da guerra. Não está mencionado o motivo pelo qual Abraão deu o dízimo, nem que
ele era obrigado a fazer isso.
Mais tarde, esta prática foi inserida na lei de Moises, vejamos o que
diz em Levíticos capitulo 27 do verso 30 a 32: “Também todas as dízimas do campo, da
semente do campo, do fruto das árvores são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se
alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre
ela. No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar
debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR.
Daí em diante os hebreus passaram a entregar os dízimos para
os levitas para que fossem, uma parte ofertada ao Senhor e a outra
para a alimentação e manutenção do ministério levítico, dos estrangeiros,
dos órfãos e das viúvas como vemos em Deuteronômio 26. 12 a 13, que diz: “Quando acabares
de dizimar todos os dízimos da tua novidade, no ano terceiro, que é o ano dos
dízimos, então, a darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que
comam dentro das tuas portas e se fartem. E dirás perante o SENHOR, teu Deus:
Tirei o que é consagrado de minha casa e dei também ao levita, e ao
estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me
tens ordenado; nada traspassei dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.
Dizimo é um dos assuntos mais polêmicos a ser apresentado pelos
pastores as suas respectivas congregações, principalmente quando se refere ao
Novo Testamento, pois, não encontramos em nenhuma parte das Escrituras
Sagradas que foi ordenado aos cristãos do primeiro século o pagamento de
dízimos. Pois bem, vamos começar dizendo que o objetivo primário do pagamento dos
dízimos na lei de Moises, era o sustento do templo e do sacerdócio dos levitas
filhos de Arão.
Os sacerdotes levitas continuaram a
servir no templo em Jerusalém até que este foi destruído no ano 70 dC.
porém, os cristãos já não estavam mais fazendo as contribuições dos dízimos
por obrigatoriedade, por haver eles se tornado parte de um sacerdócio
espiritual, não sustentado obrigatoriamente por dízimos, mas pela graça de
Deus, e o apóstolo Pedro em sua primeira carta no capítulo 2 e verso 9, contribui
para isso, haja vista que ele declara que todos os cristãos são sacerdotes e
rei, quando diz: Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio
real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
(assim não haveria dizimo que bastasse para sustentar tantos sacerdotes). Paulo
por sua vez diz em Romanos 6. 14: “Porque o pecado
não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da
graça”. O
escritor de Hebreus em sua carta no capítulo 7, verso 12, diz “Porque,
mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei”. Sendo assim não estamos mais debaixo da lei, mas
da graça. Estamos sob a graça de
Deus e de Cristo. Este era o motivo pelo qual deixaram de
lado o pagamento de dízimos. Pois houve a mudança de sacerdócio, do araônico
para um mais sublime, o de Cristo.
Os cristãos do primeiro século foram incentivados a dar apoio ao
ministério cristão, tanto por sua própria atividade ministerial, como por suas contribuições
materiais. Em vez de darem quantias fixas, específicas, para custear as
despesas congregacionais, deviam contribuir “segundo
o que eles tinham”, dando “conforme propôs
em seu coração”, não de modo ressentido, nem sob compulsão, pois Deus
ama quem dá com alegria; foi isso o que Paulo disse em sua 2ª carta aos Coríntios
no capítulo 8 e verso 12, quando falou: “Porque, se há prontidão de vontade, será
aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem”,
já no capítulo 9 e verso 7, ele diz que:
“Cada
um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”.
O cristão que conhece Bíblia sabe que a única menção que Jesus fez ao
dízimo foi em Mateus no capítulo 23 e verso 23, quando diz: “Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e
o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a
fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
Nós vemos nesse episódio que Jesus diz não ser contra o dízimo e logo mostra
que se eles (os fariseus) querem cumprir a lei devem observar o que é mais
importante e neste caso não é o dízimo e sim o “juízo,
a misericórdia e a fé”, e que deveriam continuar pagando seus dízimos
sem omissão, mas, para cumprir a lei precisavam obedecer a esses preceitos
humanitários e sociais.
Por ser polemico esse assunto é sempre abordado com formalidades e, sob
bases teológicas e históricas, e por fim, ratificado com a expressão: “é uma ordenança de Deus que temos que obedecer”. Eu
concordo plenamente e em nada quero me opor aos teólogos e pastores que muito
se empenham em ensinar ao cristão que o dizimo é uma benção para a vida do
cristão.
Mas agora quero que vocês dobrem a sua atenção, pois eu vou lhes mostrar
uma nova forma de percepção desta verdade, percepção esta que atinge o mais
profundo e nobre sentimento de nossa alma: “o amor”!
Ensinando sobre os deveres que o cristão
tem como cidadão, Jesus disse que devemos dar a César o que é de César e a Deus
o que é de Deus, e Ele fez isso no evangelho de Marcos no capítulo 12 e verso 17,
Jesus disse: “... Dai, pois, a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele”. Aqui podemos entender claramente que
Jesus se referia ao pagamento de tributos.
No grego “Dai” é um verbo que tem o significado de “devolver totalmente”. Isso naquela época implicava em que eles tinham essa
obrigação com César. O povo era
obrigado a sustentar o governo por causa dos privilégios que o governo romano
lhes
concedera, levaremos também em conta o que Paulo disse em sua carta aos Romanos no capítulo 13 verso 1 que diz: ”Toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades
que há foram ordenadas por Deus”. Eles tinham, também, de cumprir suas obrigações
com Deus. E não há nenhuma incongruência (desacordo) no pagamento de ambas as dívidas, pois
ambos os pagamentos eram feitos em cumprimento da vontade de
Deus.
Usando o trecho bíblico do evangelho de Marcos, 12.17 como base, muitos
estudos sobre dízimos e ofertas apontam esta passagem como uma referência real
e clara aos dízimos no Novo Testamento; e de fato, o contexto desse trecho é um
assunto concernente ao pagamento de taxas, pois aí Cristo ensina que o povo tem
a obrigação de pagar o tributo de César, ou seja, ao Império Romano, como
também pagar a porcentagem da igreja, ao templo, no caso, os 10%. Há quem
discorde de que este trecho se refira aos dízimos, mas é plausível
entender que o ensinamento de Jesus aqui é categoricamente um ensino sobre o
pagamento tanto de impostos, como dos dízimos.
Dízimos e ofertas
Feita a introdução do assunto, passo a dizer que no
livro de Gênesis em seu capítulo 3 e verso 8, diz: “E
ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e
escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do
jardim”.
Este trecho da Escritura Sagrada
refere-se ao relacionamento de Deus com o cristão, pois é, Deus quer ter
intimidade com Seus filhos, por isso desde o princípio da criação o Senhor Deus “os busca, não porque eles
estejam separados de Seu
conhecimento, mas sim porque eles estão longe de Sua comunhão”
Em Gênesis no capítulo 4 e versos de 3 a 15, podemos ver que apesar da
fraqueza humana Deus continuou a se relacionar pessoalmente com o homem, e
podemos ver também aqui claramente, que os primeiros filhos de Adão e Eva,
também mantinham um relacionamento com Deus.
Já pensou como seria ver e falar com Deus pessoalmente? Ver o
Pai, sentir o Seu amor, ter Sua atenção e Seus cuidados! Era isso que Caim e
Abel experimentavam naqueles dias; e mesmo depois da queda, fora do Éden, mas
ainda sob os olhos do Pai. Além disso, do verso 3 a 7, vemos que tanto Caim quanto
Abel traziam ofertas Para Deus, e particularmente eu creio que essa prática eles
aprenderam seus pais Adão e Eva.
Neste estudo sobre dízimos e ofertas podemos entender que já havia
se estabelecido a prática de dízimos e ofertas, nesta troca de gratidão pelo
amor e cuidado que Deus tinha com seus filhos amados. Não como uma ordem
seguida de castigo, mas um momento de comunhão e intimidade. Por isso, Abel e
Caim faziam suas ofertas a Deus, mesmo antes das leis de Moisés.
Não é assim entre nós? Você ama seu filho? Sua mãe? Seu pai? Marido ou
esposa? Você gosta de presenteá-los? Você não tem prazer e alegria no olhar e
na expressão de felicidade e gratidão, nos olhos de quem você presenteou? Claro
que sim! Falando por mim: eu recebo o maior presente neste olhar de gratidão do
que pelo próprio presente em si! E como você acha que se sente o
coração do seu Pai, do seu criador, quando Ele recebe um presente seu? Uma
oferta que você O entrega com todo o amor do seu coração?
A Resposta Bíblica Para a
Ordem Eclesiástica Tradicional
Nos capítulos 8 e 9 da segunda carta aos
Coríntios, Paulo coloca de maneira bem simples os “princípios”
da contribuição cristã. Primeiro devemos nos entregar para o
Senhor, ou seja, à vontade de Deus, depois então dar de nossos bens de acordo
com a medida que temos, veja como Paulo fala no verso 5 do capítulo 8: “E não somente fizeram como nós esperávamos,
mas a si mesmos se deram primeiramente ao SENHOR, e depois a nós, pela vontade
de Deus”, e do verso 11 ao 12, ele
diz: “Agora, porém, completai também o já
começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o
cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há
prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o
que não tem. Para ter algum valor diante de Deus, a contribuição cristã precisa vir do
coração. Se não existir uma “prontidão de vontade”,
então o ato de dar não passa de algo legal e, portanto, não existirá nisso
qualquer valor real de sacrifício.
Estes dois capítulos da segunda carta de
Paulo aos Coríntios, também revelam o “propósito” da
contribuição cristã. O apóstolo mostra que o ato de dar é para:
1
Expressar comunhão com outros membros do corpo de Cristo, como visto verso 4 do capítulo 8,
que diz: “Pedindo-nos com
muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os
santos”.
2
Abundar em cada aspecto da experiência cristã, isso é o que diz no verso 7 desse
capitulo, se não veja: “Portanto, assim como em tudo abundais em
fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vossa caridade
para conosco, assim também abundeis nesta graça”.
3
Provar a realidade de nosso amor, veja o que Paulo diz aqui em 2ª Co 8. 8 “Não digo isso como quem manda, mas para
provar, pela diligência dos outros, a sinceridade da vossa caridade”; e no verso 24 ele diz: “Portanto,
mostrai para com eles, perante a face das igrejas, a prova da vossa caridade e
da nossa glória acerca de vós”.
4
Imitar nosso Senhor Jesus, no verso 9, ele diz: “porque já sabeis a graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para
que, pela sua pobreza, enriquecêsseis”.
5
Ajudar a atender as
necessidades de outros, isso é ensinado em 2ª Co 8.13 a 15,
que diz: “Mas
não digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; mas
para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos
outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade,
como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve
de menos”.
6
Experimentarmos, na
prática, a abundância com que Deus nos supre conforme Sua total
suficiência (2 Co 9:8-10).
7
Criar condições para que outros agradeçam a Deus (2 Co 9:11-15).
8
Permitir que tenhamos abundância creditada em nosso favor (Fp 4:17).
Não há como negar que quando se
trata de dízimos existem muitas dúvidas no meio cristão e as dúvidas mais
frequentes são:
- O que é dízimo?
- Qual é o significado do dízimo?
- Onde encontramos o dízimo na Bíblia?
- Onde fala sobre dízimo no Novo Testamento?
- Dízimo é mandamento?
- O dízimo foi abolido por Jesus?
A palavra dizimo
é encontrado pela Primeira vez na Bíblia em Gênesis
no capítulo 14, do verso 18 ao 20 e, significa “a décima parte, tanto das colheitas
como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus”, o dizimo foi uma atitude voluntária,
depois de uma guerra, Abrão ofereceu seus dízimos ao sacerdote Melquisedeque;
Jacó, seu neto, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos (Gn 28.22),
esse dízimo não era só dinheiro mas também cereais, sendo este diferente do
preceito religioso estabelecido na ordem levítica da lei de Moisés que pela sua
lei o Dízimo significa a décima parte de algo, paga
voluntariamente ou através de taxa ou imposto
como vemos em Levítico capítulo 27 do verso 30 ao 32, que diz: “Também
todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do
SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se
alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre
ela. No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar
debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR; em Malaquias no capítulo 3 e verso 10, onde Deus diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o
SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar
sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança” e também em Hebreus no capítulo 7,
verso 5: “E
os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei,
de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido
de Abraão”.
Segundo a ordem levítica o dizimo deveria ser dado exclusivamente aos levitas,
como vemos expresso nas palavras de Davi rei de Israel no livro de primeiras
Crônicas capitulo 15, verso 2,
que diz: “Então,
disse Davi: Ninguém pode levar a arca do SENHOR, senão os levitas; porque o
SENHOR os elegeu, para levarem a arca do SENHOR e para o servirem eternamente”; na carta aos Hebreus capitulo 7,
verso 5, que diz: “E os que dentre os filhos de Levi recebem o
sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus
irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão” e o
escritor de Hebreus no mesmo capítulo, só que no verso 11, diz: “De
sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico ( porque sob ele o
povo recebeu a lei ), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se
levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a
ordem de Arão”.
A princípio a prática dos dízimos em Israel se deu porque
dentre as 12 tribos de Israel,
a mais pobre era a tribo de Levi, então as tribos mais prosperas deveriam
repartir mantimentos com a tribo menos favorecida justamente porque elas tinham
colheitas em abundancia e não necessitavam de tantos mantimentos, a tribo de
Levi por sua vez também ofertava as viúvas aos órfãos e aos necessitados, como
bem disse Moises no livro de Deuteronômio no capítulo 26 e verso 12: “Quando acabares de dizimar todos os dízimos
da tua novidade, no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então, a darás ao
levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas
portas e se fartem”,
repartiam com os estrangeiros, já que Israel no passado também foi estrangeiro,
significando assim o amor deste povo para com o próximo.
Em Israel, benção era chuva para a colheita, maldição
era seca, o devorador eram os gafanhotos, tudo isso definitivamente nada tem a
ver com a associação do devorador com o demônio, nem benção com prosperidade
financeira, como ensina o sistema religioso de hoje. Em toda a Bíblia não
existe uma única citação que ampare essa afirmação.
Dízimos e Ofertas
Semeando Com Alegria - No livro de Malaquias,
capítulo 3 e verso 10 diz assim: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na
minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela
vos advenha a maior abastança”. Ao transcrever os versos bíblicos que
falam sobre dízimos, nossa intenção é levar você a ter conhecimento através
deles das responsabilidades de cristão que você tem em contribuir na sua
igreja, tanto com seus dízimos, quanto com as ofertas alçadas, que são as que
os oficiais recolhem no momento apropriado nos cultos realizados nas igrejas.
Os dízimos e as ofertas
são parte importante da nossa intimidade
com Deus e são praticados há muito tempo pelos servos do Senhor,
como por exemplo Abrão que entregou seus dízimos a Melquisedeque como vemos no capítulo 14, do verso 17 ao 20,
do livro de Gênesis, onde encontramos a seguinte inscrição: “E o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou de ferir a
Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do
Rei. E
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus
Altíssimo. E
abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor
dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo,
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo”. Abrão não era obrigado a dar seus
dízimos ao sacerdote de e rei de Salem, mas, ele deu.
Após a morte de Jesus e
sua ressurreição ao terceiro dia, quando a Igreja se
organizou, os cristãos continuaram com a prática de entregar os dízimos e
ofertas ao Senhor. Ou seja, é algo fundamental
no nosso relacionamento com Deus e expressa o nosso amor ao Senhor até mesmo
com os nossos bens. Portanto, neste estudo
bíblico nós veremos qual é a importância dos dízimos e das ofertas na Bíblia.
Outro ponto muito importante é: como deve ser a ministração dos dízimos e
ofertas do Senhor?
Muitos cristãos não compreendem a
importância da contribuição financeira no Reino de Deus. A maioria questiona a
prática do dízimo no Novo Testamento. Portanto, me acompanhe até o final e
descubra a importância de ser um dizimista fiel.
Dízimos e Ofertas: Dízimo na
Bíblia
A palavra “dízimo” no hebraico
é ma’as que significa “décima parte”. Como dito anteriormente, Abrão já tinha esta prática. Ou seja, não
é algo que passou a existir com a Lei.
Um outro exemplo de liberalidade é o
caso de Caim e Abel: “E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim
trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E
Abel também trouxe dos primogénitos das suas ovelhas e da sua gordura; e
atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta” (Gênesis
4. 3,4)
Embora a prática tenha seu início antes
da Lei, a obrigatoriedade da entrega dos dízimos e ofertas veio com ela. Os israelitas
deveriam entregar a décima parte da produção agrícola e de tudo aquilo que
gerasse renda, e ofertas das crias de seus animais.
O objetivo de
Deus com a instituição do dízimo é que ao entrega-lo nós reconhecemos que Ele é
o Senhor de tudo. Por meio dos dízimos, somos
gratos ao nosso Criador por sua criação, pelo ar que respiramos, pela
força que temos para produzir e por aquilo que produzimos. Enfim, por meio dos
dízimos dizemos a Deus que tudo o que temos vem dele. A exigência de Deus no dízimo é que devolvamos parte
daquilo que temos recebido de suas mãos, em seu livro, no capítulo 2 e verso 8, o profeta Ageu transcreveu as palavras que Deus falou
quando disse: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos”.
A importância
das Ofertas
Moisés escreveu em Levítico capítulo 1, verso 10: “E,
se a sua oferta for de gado miúdo, de ovelhas ou de cabras, para holocausto, oferecerá
macho sem mancha”. Além da entrega dos dízimos, os israelitas eram incentivados a
colocar diante do Senhor algumas ofertas voluntárias.
São elas:
1 - Oferta de holocaustos - Esta oferta foi instituída por meio da lei em Levíticos capítulo
6, verso 8 a 13, que diz: “Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Dá
ordem a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei do holocausto: o holocausto
será queimado sobre o altar toda a noite até pela manhã, e o fogo do altar
arderá nele. E o sacerdote vestirá a sua veste de linho, e vestirá as calças de
linho sobre a sua carne, e levantará a cinza, quando o fogo houver consumido o
holocausto sobre o altar, e a porá junto ao altar. Depois, despirá as suas
vestes, e vestirá outras vestes, e levará a cinza fora do arraial para um lugar
limpo. O fogo, pois, sobre o altar arderá nele, não se apagará; mas o sacerdote
acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e sobre
ele queimará a gordura das ofertas pacíficas. O
fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará”;
2 - A oferta de manjares - Mostrada em Levíticos
6.14 – 23: “E esta é a lei da oferta de manjares: um dos filhos de Arão a oferecerá
perante o SENHOR, diante do altar. E tomará o seu punho cheio da flor de farinha
da oferta e do seu azeite e todo o incenso que estiver sobre a oferta de
manjares; então, o queimará sobre o altar; cheiro suave é isso, por ser
memorial ao SENHOR. E o restante dela comerão, Arão e seus filhos; asmo se
comerá no lugar santo; no pátio da tenda da congregação o comerão. Levedado não
se cozerá; sua porção é que lhes dei das minhas ofertas queimadas; coisa
santíssima é, como a expiação do pecado e como a expiação da culpa. Todo
varão entre os filhos de Arão comerá da oferta de manjares; estatuto perpétuo
será para as vossas gerações dentre as ofertas queimadas do SENHOR; tudo o que
tocar nelas será santo. Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Esta é a oferta
de Arão e de seus filhos, que oferecerão ao SENHOR no dia em que aquele for ungido:
a décima parte de um efa de flor de farinha pela oferta de manjares contínua; a
metade dela pela manhã e a outra metade dela à tarde. Numa caçoula se fará com azeite; cozida a trarás;
e os pedaços cozidos da oferta oferecerás em cheiro suave ao SENHOR. Também o sacerdote, que de entre seus filhos for
ungido em seu lugar, fará o mesmo; por estatuto perpétuo seja; toda será
queimada ao SENHOR. Assim, toda a oferta do
sacerdote totalmente será queimada; não se come”.
3 - A oferta pacífica - Instituída a partir de
Levíticos 7. 11 – 21: “E esta é a lei do sacrifício pacífico que
se oferecerá ao SENHOR. Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício
de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorões asmos
amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de
farinha. Com os bolos oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício
de louvores da sua oferta pacífica. E de toda oferta oferecerá um deles por
oferta alçada ao SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta
pacífica. Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se
comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manhã. E, se o
sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer
o seu sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia
seguinte. E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será
queimado no fogo. Porque, se da carne do
seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não
será aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que comer
dela levará a sua iniquidade. E a carne que tocar alguma coisa imunda não se
comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne qualquer que estiver limpo comerá
dela. Porém, se alguma pessoa comer a carne do
sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua imundície,
aquela pessoa será extirpada dos seus povos. E,
se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundície de homem, ou gado
imundo, ou qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico,
que é do SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
4 - A oferta pelo pecado - Iniciada a partir de Levíticos
6. 24 – 30: “Falou
mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala a
Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei da expiação do pecado: no lugar
onde se degola o holocausto, se degolará a oferta pela expiação do pecado,
perante o SENHOR; coisa santíssima é. O sacerdote que a oferecer pelo pecado a
comerá; no lugar santo se comerá, no pátio da tenda da congregação. Tudo o que
tocar a sua carne será santo; se espargir alguém do seu sangue sobre a sua
veste, lavarás aquilo sobre que caiu, no lugar santo. E o vaso de barro em que
for cozida será quebrado; porém, se for cozida num vaso de cobre, esfregar-se-á
e lavar-se-á na água. Todo varão entre os sacerdotes a comerá; coisa santíssima
é. Porém nenhuma oferta pela expiação de pecado, cujo sangue se traz à tenda da
congregação, para expiar no santuário, se comerá; no fogo será queimada”.
5 - Oferta pela culpa - Que teve seu começo a
partir de Levíticos 7.1 – 10: “E esta é a lei da expiação da culpa; coisa
santíssima é. No lugar onde degolam o holocausto, degolarão a oferta pela
expiação da culpa, e o seu sangue se espargirá sobre o altar em redor. E dela
se oferecerá toda a sua gordura, a cauda e a gordura que cobre a fressura;
também ambos os rins e a gordura que neles há, que está sobre as tripas; e o
redenho sobre o fígado, com os rins, se tirará. E o sacerdote o queimará sobre
o altar em oferta queimada ao SENHOR; expiação da culpa é. Todo varão entre os
sacerdotes a comerá; no lugar santo se comerá; coisa santíssima é. Como a
oferta pela expiação do pecado, assim será a oferta pela expiação da culpa; uma
mesma lei haverá para elas: será do sacerdote que houver feito propiciação com
ela. Também o sacerdote que oferecer o holocausto de alguém, o mesmo sacerdote,
terá o couro do holocausto que oferecer. Como também toda oferta que se cozer
no forno, com tudo que se preparar na sertã e na caçoula, será do sacerdote que
a oferece. Também toda oferta amassada com azeite ou seca será de todos os
filhos de Arão, assim de um como de outro”.
Além destas ofertas já determinadas, os
israelitas tinham a opção de apresentar ao Senhor ofertas voluntárias, cujo
momento e valor de entrega ficava a critério do ofertante.
Um bom exemplo disso é a construção do Tabernáculo no
monte Sinai. Os israelitas trouxeram suas ofertas para a construção da tenda,
os moveis, as cortinas, etc.
A motivação em ofertar para a obra
de Deus era tão grande, que Moisés
precisou pedir que eles parassem de trazê-las, como ordenou Moises em Êxodo capitulo
36, no verso 6, que diz: “Então, mandou Moisés que fizessem passar uma
voz pelo arraial, dizendo: Nenhum homem nem mulher faça mais obra alguma para a
oferta alçada do santuário. Assim, o povo foi proibido de trazer mais”
Dízimo no
Novo Testamento – Em
Lucas 20. 25, esta é, portanto, uma das poucas passagens bíblicas do Novo
Testamento que podemos usar para nos referir aos dízimos: “Disse-lhes
então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Uma das grandes questões teológicas dos
nossos dias parece ser esta: “devemos entregar os dízimos nos dias de hoje, ou
não”?
Esta dúvida ocorre, porque no Novo
Testamento não fica tão claro, quanto no Antigo Testamento sobre esta
obrigatoriedade.
Quando os apóstolos se reuniram em
Jerusalém (Atos
15.19 – 23) para
definir o que os cristãos gentios (não judeus) deveriam praticar, o dízimo não foi
incorporado na pauta dessa reunião, portanto, nada foi discutido a seu respeito.
No Novo Testamento a palavra dízimo
aparece apenas uma vez quando diz em
Mateus capítulo 23, verso 23, que diz: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a
hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a
misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas”, e é citada por Jesus Cristo.
Ou seja, de certa forma aparece em um contexto de
repreensão em que Jesus faz uma crítica aos fariseus, porque embora eles
sejam leais aos princípios dos dízimos, tem com uma atitude incorreta.
Sendo assim, devemos ou não
entregar dízimos e ofertas a igreja nos dias de hoje? - A resposta é sim, devemos! - Para que
isso fique claro, é imprescindível que entendamos os princípios, funções e
aplicações do dízimo, e para isso, vamos analisar o texto mais famoso sobre o
assunto no livro do profeta Malaquias
capítulo 3 do verso 8 ao 15 que diz: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te
roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com
maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação. Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e
depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as
janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a
maior abastança. E, por causa de vós, repreenderei o
devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos
será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma
terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. As vossas palavras foram
agressivas para mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que
nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto
diante do SENHOR dos Exércitos? Ora, pois,
nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade
se edificam; sim, eles tentam ao SENHOR e escapam”.
O Senhor Deus acusa toda a nação israelita
de estar roubando a Deus ao sonegar os dízimos e as ofertas: “Pode um homem roubar de Deus? ‘Como é que te roubamos? Nos
dízimos e nas ofertas”.
Por que não entregar o dízimo é
roubar a Deus? Por causa do propósito. - “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento
em minha casa”.
O dízimo na antiga aliança era usado no sustento do templo,
os sacerdotes levitas e toda a tribo de Levi recebia este benefício. Hoje os
dízimos e as ofertas são para o sustento da obra e quando falamos de sustento
da obra sabemos que o pastor da igreja está incluído aí, em seguida vem as
despesas do local usado para adoração que é o templo com suas necessidades como
água, luz, ar refrigerado, telefone, material de escritório, entre outras
tantas despesas que não precisam ser mencionadas. Quando
entendemos este ponto tudo fica muito mais claro. O propósito de Deus no dízimo
é que a sua obra seja mantida, como um todo.
Deus queria que sua obra fosse mantida no
Antigo Testamento e continua querendo ainda hoje. Ao entregarmos nossos dízimos
e ofertas estamos sendo participantes do Reino de Deus. Nós o financiamos.
A partir daí podemos esperar que as promessas
bíblicas decorrentes da contribuição, se cumpram em nossas vidas.
As promessas de
Deus - “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o
SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar
sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E, por
causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da
terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. E
todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra
deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos”,
uma ordenança de Deus
com a promessa de muitas bênçãos advindas da fidelidade são referidas pelo profeta Malaquias no
capítulo 3 do verso 10 ao 12.
Quando nos tornamos participantes do Reino
de Deus por meio dos dízimos a
corrente de bênçãos sobrenaturais começam a ser liberadas sobre as nossas
vidas. Começamos a colher de uma forma
extraordinária além daquilo que esperávamos ou merecíamos. São oportunidades que vão além da nossa capacidade. Portas
abertas. Milagres. Enfim, fidelidade a Deus nos dízimos e nas ofertas
proporcionam um mover sobrenatural de Deus em nossas vidas.
O apóstolo Paulo fala sobre este mesmo princípio
com relação as ofertas em sua segunda carta aos Coríntios no capítulo 9 do verso 6 ao 8,
quando diz: “E
digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em
abundância em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu
coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus
ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda
graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em
toda boa obra, encontramos
nessa passagem bíblica algumas características da contribuição cristã, que são:
1. Liberalidade, 2. Boa vontade, 3. Alegria.
1. Liberalidade - Como incentivo a contribuição
liberal, o apóstolo Paulo vincula com a lei de semear e ceifar, vejamos o que
diz no verso 6: “E digo isto: Que o que semeia
pouco, pouco
também ceifará”. O dar abençoa quem dá. “Cada
flor que você planta ao longo do caminho de outrem, derrama a sua fragrância
sobre você”.
No Antigo
Testamento, a entrega do dízimo obedecia a uma lei. Todo israelita tinha a
obrigação de entregar o seu dízimo na casa do Senhor, essa ordenança foi dada
na lei de Moisés e está inserida em seu quinto livro chamado Deuteronômio, no
capítulo 14 e verso 22, que diz: “Certamente
darás os dízimos de toda a novidade da tua semente, que cada ano se recolher do
campo”. O dízimo, mas que uma regra a ser obedecida, é o
princípio da gratidão, da fé e da obediência. O doador o faz porque reconhece o
senhorio de Deus sobre sua vida e sobre suas finanças.
Os dízimos de todo o
fruto das tuas sementes, isto foi dito por Deus. Um dízimo anual do produto da terra devia
ser oferecido ao Senhor em reconhecimento ao fato de que a terra era d’Ele e
porque Ele era o doador da vida e da fertilidade.
2. Boa vontade -
“Cada um
contribua com o que propôs no seu coração”. Foi
a instrução de Paulo na parte “a” do verso 7; O doador generoso é movido pelo
impulso bondoso do seu coração e por princípios profundos, e não pelas
ferroadas de sua consciência ou pelo desejo de parecer generoso aos olhos dos
outros. Muitas pessoas contribuem sob a influência de um apelo comovente, mas
têm pena de sua própria generosidade, logo que dão o seu dinheiro na salva
durante a coleta de dízimos e ofertas, o que muitas vezes lhes causa
arrependimento depois de passado o momento da emoção.
3. Com alegria - “Não
com tristeza ou por necessidade”. A sequência do verso sete, ou
seja, a parte “b” do verso 7, diz que quem contribui com alegria considera que
o contribuir é um prazer, e não algo doloroso; gosta de dar, e sente-se triste
quando não tem nada para ofertar. Há, porém, aqueles que se separam das suas
ofertas como quem está dando o seu sangue. Aquele que dá relutantemente não
está dando. O maior dos ensinadores gregos recusou permitir que o título
“liberal” fosse dado ao homem que dava grandes somas sem sentir nisto prazer
nenhum. “A dor que ele sente comprova que gostaria
mais de ficar com o dinheiro do que praticar o ato nobre; mas, a boa disposição
naquele que dá aumenta o valor da dádiva”.
Como Ser
Um Dizimista Fiel? – Fazendo conforme as instruções do rei
Salomão em Provérbios capítulo 3
do verso 9 ao verso 10, que diz: “Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as
primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros
abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares”. Uma
das maneiras de honrar ao Senhor Jesus Cristo é através da entrega dos nossos
bens para benefício da Sua obra, tudo que temos vem de Deus, melhor dizendo:
pertence a Deus; a nossa tarefa é apenas de gerenciar os recursos que Ele nos
dá. É um grande privilegio um modesto padrão de vida colocando os bens ao
serviço, ou seja, a disposição de Deus e confiar em Cristo quanto ao futuro;
não devemos valorizar aquilo que está em nossa posse, exceto o que se relaciona
com a obra de Deus. Para
que venhamos conseguir entregar os dízimos e ofertas com fidelidade ao
Senhor, se faz necessário que a fidelidade a Deus, seja a nossa prioridade.
O texto de provérbios deixa isso bem
claro: “Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua
renda…”. Nossos
dízimos e ofertas honram a Deus. Portanto, a primeira parte da nossa renda deve
ser consagrada a Ele.
Ao receber seus recursos financeiros, sua
primeira atitude deve ser a de separar as primícias para o Senhor.
Você não deve pensar primeiro em pagar as contas e
depois honrar ao Eterno. Ao contrário, primeiro honre-o. Separe seu dízimo e sua
oferta, Deus em primeiro lugar, essa é a regra da fidelidade.
Para sermos fieis dizimistas e ofertantes
precisamos nos organizar. Não podemos ser consumistas, endividados, etc. Devemos
ser moderados nas nossas finanças e equilibrados nos nossos desejos para que o
consumismo não se torne um ídolo e com isso não tenhamos como honrar a Deus com
as nossas finanças.
Dizimo,
décima parte de tudo aquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer
em produtos ou bens, observe mais uma vez a orientação do apostolo Paulo em sua
segunda carta no capítulo 9 e verso 7, onde ele fala. “Cada um contribua segundo propôs no coração,
não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama o que dá com alegria”. Por
mais pequena que seja a nossa contribuição se for ofertada com alegria terá
grande valor para Deus, pois o que importa nesse momento é o gesto de amor a obra
de Deus, quando ofertamos demostramos a Deus a gratidão que temos por sermos
abençoados por Ele.
A “casa do tesouro” em que se refere o
profeta Malaquias no capítulo 3 e verso 10 de seu livro, era uma parte do
Templo onde eram armazenados grãos e outros alimentos entregues como dízimo. Os
sacerdotes viviam dessas ofertas. Precisamos também dar do muito que Deus nos tem
dado, a fim de sustentar aqueles que servem a Deus nos ensinando sobre a
respeito das atitudes que devemos ter e do caminho que precisamos percorrer
para alcançar a vida eterna.
Quero
concluir dizendo que a generosidade requerida por Deus através de Paulo não se
constitui em atitudes vazias ou meras formalidades sociais e que ninguém deve
ofertar ou dizimar por foça de uma lei ou um preceito, mas sim por gratidão ao
Senhor, por fidelidade e reconhecimento. A oferta deve ser dada espontaneamente
de coração aberto e sem avareza e ainda digo que:
·
Os dízimos e as ofertas são uma parte essencial do cristianismo. É uma prática
constante desenvolvida por cristãos fiéis; através deles honramos a Deus
com as nossas finanças e financiamos sua obra em todo o mundo.
·
As promessas de Deus com relação aos dízimos e as ofertas são liberadas em nossas
vidas, a partir da nossa fidelidade e compromisso com
eles.
·
Se honrarmos ao Reino de Deus com as nossas finanças certamente o Rei nos
honrará e suprirá as nossas necessidades. Ou seja, a liberalidade precisa ser uma prioridade em
nossas vidas, só assim conseguiremos ser fiéis e não dominados pelo consumismo.