Deus nos livra do perigo

terça-feira, 29 de maio de 2018

Dízimos


Malaquias 3. 10

      Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança”.

2º Crômicas 31.5

       E, depois que essa ordem se divulgou, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, e de mosto, e de azeite, e de mel, e de toda a novidade do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundância.

2º Crômicas 31. 12

      Ali, meteram fielmente as ofertas, e os dízimos, e as coisas consagradas; e isso estava a cargo de Conanias, o levita maioral, e Simei, seu irmão, o segundo.

Introdução:

      Quero introduzir esse singelo manifesto (Documento escrito que expõe uma declaração) dizendo que pelo fato de dízimos e ofertas serem um assunto tão polêmico, eu fiz um levantamento histórico sobre o assunto, pois, muitos cristãos por não saberem o que é o dizimo, não o devolve, e com isso estão atraindo maldição para suas vidas; nesse estudo estaremos abordando o “dizimo” desde os primórdios, ou seja, desde que Deus escolheu Israel como Seu povo, pois, há muito se discute a natureza e a importância dos dízimos e ofertas.

      Estarei me esforçando ao máximo para que vocês não só aprendam a respeito de dízimos, mas também tomem conhecimento de que ao devolve-lo, você está: adorando a Deus, contribuindo com a propagação do evangelho, agindo fielmente concernente a gratidão a Deus pelo seu sustento, contribuindo com o sustento da obra de Deus, custeando construções de templos para uso da igreja, contribuindo com o sustento de famílias carentes, entre tantas outras coisas oriundas da devolução dos dízimos e o oferecimento de ofertas para a igreja.

      Entregar dízimos e ofertas é uma prática já conhecida pelas civilizações antigas; os gregos, romanos, cartagineses e os árabes praticavam o dízimo e, assim como os hebreus, essa prática fazia parte da piedade religiosa. 

      Quando falamos de dízimos e ofertas, devemos ressaltar que sob a ótica teológica, ouvimos falar de dízimos na Bíblia pela primeira vez antes de Deus dá a lei mosaica; em Gênesis capítulo 14 do verso 18 ao 20, está registrada a passagem onde mostra pela primeira vez alguém entregando dízimos, vamos ler então: E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo. Abraão deu dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, dos despojos que trouxe da guerra. Não está mencionado o motivo pelo qual Abraão deu o dízimo, nem que ele era obrigado a fazer isso. 

      Mais tarde, esta prática foi inserida na lei de Moises, vejamos o que diz em Levíticos capitulo 27 do verso 30 a 32: Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre ela. No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR. Daí em diante os hebreus passaram a entregar os dízimos para os levitas para que fossem, uma parte ofertada ao Senhor e a outra para a alimentação e manutenção do ministério levítico, dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas como vemos em Deuteronômio 26. 12 a 13, que diz: Quando acabares de dizimar todos os dízimos da tua novidade, no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então, a darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas e se fartem. E dirás perante o SENHOR, teu Deus: Tirei o que é consagrado de minha casa e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens ordenado; nada traspassei dos teus mandamentos, nem deles me esqueci.

      Dizimo é um dos assuntos mais polêmicos a ser apresentado pelos pastores as suas respectivas congregações, principalmente quando se refere ao Novo Testamento, pois, não encontramos em nenhuma parte das Escrituras Sagradas que foi ordenado aos cristãos do primeiro século o pagamento de dízimos. Pois bem, vamos começar dizendo que o objetivo primário do pagamento dos dízimos na lei de Moises, era o sustento do templo e do sacerdócio dos levitas filhos de Arão.
      Os sacerdotes levitas continuaram a servir no templo em Jerusalém até que este foi destruído no ano 70 dC. porém, os cristãos já não estavam mais fazendo as contribuições dos dízimos por obrigatoriedade, por haver eles se tornado parte de um sacerdócio espiritual, não sustentado obrigatoriamente por dízimos, mas pela graça de Deus, e o apóstolo Pedro em sua primeira carta no capítulo 2 e verso 9, contribui para isso, haja vista que ele declara que todos os cristãos são sacerdotes e rei, quando diz: Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (assim não haveria dizimo que bastasse para sustentar tantos sacerdotes). Paulo por sua vez diz em Romanos 6. 14: Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. O escritor de Hebreus em sua carta no capítulo 7, verso 12, diz Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Sendo assim não estamos mais debaixo da lei, mas da graça. Estamos sob a graça de Deus e de Cristo. Este era o motivo pelo qual deixaram de lado o pagamento de dízimos. Pois houve a mudança de sacerdócio, do araônico para um mais sublime, o de Cristo.

      Os cristãos do primeiro século foram incentivados a dar apoio ao ministério cristão, tanto por sua própria atividade ministerial, como por suas contribuições materiais. Em vez de darem quantias fixas, específicas, para custear as despesas congregacionais, deviam contribuir “segundo o que eles tinham”, dando “conforme propôs em seu coração”, não de modo ressentido, nem sob compulsão, pois Deus ama quem dá com alegria; foi isso o que Paulo disse em sua 2ª carta aos Coríntios no capítulo 8 e verso 12, quando falou: Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem, já no capítulo  9 e verso 7, ele diz que: Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”. 

      O cristão que conhece Bíblia sabe que a única menção que Jesus fez ao dízimo foi em Mateus no capítulo 23 e verso 23, quando diz: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. Nós vemos nesse episódio que Jesus diz não ser contra o dízimo e logo mostra que se eles (os fariseus) querem cumprir a lei devem observar o que é mais importante e neste caso não é o dízimo e sim o “juízo, a misericórdia e a fé”, e que deveriam continuar pagando seus dízimos sem omissão, mas, para cumprir a lei precisavam obedecer a esses preceitos humanitários e sociais. 

      Por ser polemico esse assunto é sempre abordado com formalidades e, sob bases teológicas e históricas, e por fim, ratificado com a expressão: “é uma ordenança de Deus que temos que obedecer”. Eu concordo plenamente e em nada quero me opor aos teólogos e pastores que muito se empenham em ensinar ao cristão que o dizimo é uma benção para a vida do cristão.

      Mas agora quero que vocês dobrem a sua atenção, pois eu vou lhes mostrar uma nova forma de percepção desta verdade, percepção esta que atinge o mais profundo e nobre sentimento de nossa alma: “o amor”!

      Ensinando sobre os deveres que o cristão tem como cidadão, Jesus disse que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, e Ele fez isso no evangelho de Marcos no capítulo 12 e verso 17, Jesus disse: “... Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele. Aqui podemos entender claramente que Jesus se referia ao pagamento de tributos.

      No grego Dai é um verbo que tem o significado de devolver totalmente. Isso naquela época implicava em que eles tinham essa obrigação com César. O povo era obrigado a sustentar o governo por causa dos privilégios que o governo romano lhes concedera, levaremos também em conta o que Paulo disse em sua carta aos  Romanos no capítulo 13 verso 1 que diz: ”Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Eles tinham, também, de cumprir suas obrigações com Deus. E não há nenhuma incongruência (desacordo) no pagamento de ambas as dívidas, pois ambos os pagamentos eram feitos em cumprimento da vontade de Deus.

      Usando o trecho bíblico do evangelho de Marcos, 12.17 como base, muitos estudos sobre dízimos e ofertas apontam esta passagem como uma referência real e clara aos dízimos no Novo Testamento; e de fato, o contexto desse trecho é um assunto concernente ao pagamento de taxas, pois aí Cristo ensina que o povo tem a obrigação de pagar o tributo de César, ou seja, ao Império Romano, como também pagar a porcentagem da igreja, ao templo, no caso, os 10%. Há quem discorde de que este trecho se refira aos dízimos, mas é plausível entender que o ensinamento de Jesus aqui é categoricamente um ensino sobre o pagamento tanto de impostos, como dos dízimos. 

Dízimos e ofertas 

      Feita a introdução do assunto, passo a dizer que no livro de Gênesis em seu capítulo 3 e verso 8, diz:E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim”. Este trecho da Escritura Sagrada refere-se ao relacionamento de Deus com o cristão, pois é, Deus quer ter intimidade com Seus filhos, por isso desde o princípio da criação o Senhor Deus os busca, não porque eles estejam separados de Seu conhecimento, mas sim porque eles estão longe de Sua comunhão”

      Em Gênesis no capítulo 4 e versos de 3 a 15, podemos ver que apesar da fraqueza humana Deus continuou a se relacionar pessoalmente com o homem, e podemos ver também aqui claramente, que os primeiros filhos de Adão e Eva, também mantinham um relacionamento com Deus. 

      Já pensou como seria ver e falar com Deus pessoalmente?  Ver o Pai, sentir o Seu amor, ter Sua atenção e Seus cuidados! Era isso que Caim e Abel experimentavam naqueles dias; e mesmo depois da queda, fora do Éden, mas ainda sob os olhos do Pai. Além disso, do verso 3 a 7, vemos que tanto Caim quanto Abel traziam ofertas Para Deus, e particularmente eu creio que essa prática eles aprenderam seus pais Adão e Eva. 

      Neste estudo sobre dízimos e ofertas podemos entender que já havia se estabelecido a prática de dízimos e ofertas, nesta troca de gratidão pelo amor e cuidado que Deus tinha com seus filhos amados. Não como uma ordem seguida de castigo, mas um momento de comunhão e intimidade. Por isso, Abel e Caim faziam suas ofertas a Deus, mesmo antes das leis de Moisés. 

      Não é assim entre nós? Você ama seu filho? Sua mãe? Seu pai? Marido ou esposa? Você gosta de presenteá-los?  Você não tem prazer e alegria no olhar e na expressão de felicidade e gratidão, nos olhos de quem você presenteou? Claro que sim! Falando por mim: eu recebo o maior presente neste olhar de gratidão do que pelo próprio presente em si! E como você acha que se sente o coração do seu Pai, do seu criador, quando Ele recebe um presente seu? Uma oferta que você O entrega com todo o amor do seu coração? 

A Ordem de Deus é Para os Cristãos Congregarem Para a Sua Adoração e Ministério
A Resposta Bíblica Para a Ordem Eclesiástica Tradicional

      Nos capítulos 8 e 9 da segunda carta aos Coríntios, Paulo coloca de maneira bem simples os princípios” da contribuição cristã. Primeiro devemos nos entregar para o Senhor, ou seja, à vontade de Deus, depois então dar de nossos bens de acordo com a medida que temos, veja como Paulo fala no verso 5 do capítulo 8: E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao SENHOR, e depois a nós, pela vontade de Deus, e do verso 11 ao 12, ele diz: Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem. Para ter algum valor diante de Deus, a contribuição cristã precisa vir do coração. Se não existir uma “prontidão de vontade”, então o ato de dar não passa de algo legal e, portanto, não existirá nisso qualquer valor real de sacrifício.

     Estes dois capítulos da segunda carta de Paulo aos Coríntios, também revelam o propósito” da contribuição cristã. O apóstolo mostra que o ato de dar é para:

1         Expressar comunhão com outros membros do corpo de Cristo, como visto verso 4 do capítulo 8, que diz:Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.

2         Abundar em cada aspecto da experiência cristã, isso é o que diz no verso 7 desse capitulo, se não veja: Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vossa caridade para conosco, assim também abundeis nesta graça”.

3         Provar a realidade de nosso amor, veja o que Paulo diz aqui em 2ª Co 8. 8Não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade da vossa caridade; e no verso 24 ele diz: Portanto, mostrai para com eles, perante a face das igrejas, a prova da vossa caridade e da nossa glória acerca de vós.

4         Imitar nosso Senhor Jesus, no verso 9, ele diz: porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.

5         Ajudar a atender as necessidades de outros, isso é ensinado em 2ª Co 8.13 a 15, que diz: Mas não digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos.

6         Experimentarmos, na prática, a abundância com que Deus nos supre conforme Sua total suficiência (2 Co 9:8-10).

7         Criar condições para que outros agradeçam a Deus (2 Co 9:11-15).

8         Permitir que tenhamos abundância creditada em nosso favor (Fp 4:17).

           Não há como negar que quando se trata de dízimos existem muitas dúvidas no meio cristão e as dúvidas mais frequentes são:

  • O que é dízimo?
  • Qual é o significado do dízimo?
  • Onde encontramos o dízimo na Bíblia?
  • Onde fala sobre dízimo no Novo Testamento?
  • Dízimo é mandamento?
  • O dízimo foi abolido por Jesus?
          A palavra dizimo  é encontrado pela Primeira vez na Bíblia em Gênesis no capítulo 14, do verso 18 ao 20 e, significa a décima parte, tanto das colheitas como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus, o dizimo foi uma atitude voluntária,  depois de uma guerra, Abrão ofereceu seus dízimos ao sacerdote Melquisedeque; Jacó, seu neto, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos (Gn 28.22), esse dízimo não era só dinheiro mas também cereais, sendo este diferente do preceito religioso estabelecido na ordem levítica da lei de Moisés que pela sua lei o Dízimo significa a décima parte de algo, paga voluntariamente ou através de taxa ou imposto como vemos em Levítico capítulo 27 do verso 30 ao 32, que diz: Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará o seu quinto sobre ela. No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR; em Malaquias no capítulo 3 e verso 10, onde Deus diz: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança e também em Hebreus no capítulo 7, verso 5: E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão”. Segundo a ordem levítica o dizimo deveria ser dado exclusivamente aos levitas, como vemos expresso nas palavras de Davi rei de Israel no livro de primeiras Crônicas capitulo 15, verso 2, que diz: Então, disse Davi: Ninguém pode levar a arca do SENHOR, senão os levitas; porque o SENHOR os elegeu, para levarem a arca do SENHOR e para o servirem eternamente; na carta aos Hebreus capitulo 7, verso 5, que diz: E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão e o escritor de Hebreus no mesmo capítulo, só que no verso 11, diz: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico ( porque sob ele o povo recebeu a lei ), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão”.

          A princípio  a prática dos dízimos em Israel se deu porque dentre as 12 tribos de Israel,  a mais pobre era a tribo de Levi, então as tribos mais prosperas deveriam repartir mantimentos com a tribo menos favorecida justamente porque elas tinham colheitas em abundancia e não necessitavam de tantos mantimentos, a tribo de Levi por sua vez também ofertava as viúvas aos órfãos e aos necessitados, como bem disse Moises no livro de Deuteronômio no capítulo 26 e verso 12: Quando acabares de dizimar todos os dízimos da tua novidade, no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então, a darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas e se fartem”, repartiam com os estrangeiros, já que Israel no passado também foi estrangeiro, significando assim o amor deste povo para com o próximo.

     Em Israel, benção era chuva para a colheita, maldição era seca, o devorador eram os gafanhotos, tudo isso definitivamente nada tem a ver com a associação do devorador com o demônio, nem benção com prosperidade financeira, como ensina o sistema religioso de hoje. Em toda a Bíblia não existe uma única citação que ampare essa afirmação.

       Dízimos e Ofertas

      Semeando Com Alegria - No livro de Malaquias, capítulo 3 e verso 10 diz assim: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. Ao transcrever os versos bíblicos que falam sobre dízimos, nossa intenção é levar você a ter conhecimento através deles das responsabilidades de cristão que você tem em contribuir na sua igreja, tanto com seus dízimos, quanto com as ofertas alçadas, que são as que os oficiais recolhem no momento apropriado nos cultos realizados nas igrejas.

     Os dízimos e as ofertas são parte importante da nossa intimidade com Deus e são praticados há muito tempo pelos servos do Senhor, como por exemplo Abrão que entregou seus dízimos a Melquisedeque como vemos no capítulo 14, do verso 17 ao 20, do livro de Gênesis, onde encontramos a seguinte inscrição: E o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do Rei.  E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;  e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo”. Abrão não era obrigado a dar seus dízimos ao sacerdote de e rei de Salem, mas, ele deu.

      Após a morte de Jesus e sua ressurreição ao terceiro dia, quando a Igreja se organizou, os cristãos continuaram com a prática de entregar os dízimos e ofertas ao Senhor. Ou seja, é algo fundamental no nosso relacionamento com Deus e expressa o nosso amor ao Senhor até mesmo com os nossos bens. Portanto, neste estudo bíblico nós veremos qual é a importância dos dízimos e das ofertas na Bíblia. Outro ponto muito importante é: como deve ser a ministração dos dízimos e ofertas do Senhor?

      Muitos cristãos não compreendem a importância da contribuição financeira no Reino de Deus. A maioria questiona a prática do dízimo no Novo Testamento. Portanto, me acompanhe até o final e descubra a importância de ser um dizimista fiel.

      Dízimos e Ofertas: Dízimo na Bíblia

          A palavra “dízimo” no hebraico é ma’as que significa “décima parte”. Como dito anteriormente, Abrão já tinha esta prática. Ou seja, não é algo que passou a existir com a Lei.

          Um outro exemplo de liberalidade é o caso de Caim e Abel: E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também trouxe dos primogénitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta (Gênesis 4. 3,4)

      Embora a prática tenha seu início antes da Lei, a obrigatoriedade da entrega dos dízimos e ofertas veio com ela. Os israelitas deveriam entregar a décima parte da produção agrícola e de tudo aquilo que gerasse renda, e ofertas das crias de seus animais.

       O objetivo de Deus com a instituição do dízimo é que ao entrega-lo nós reconhecemos que Ele é o Senhor de tudo. Por meio dos dízimos, somos gratos ao nosso Criador por sua criação, pelo ar que respiramos, pela força que temos para produzir e por aquilo que produzimos. Enfim, por meio dos dízimos dizemos a Deus que tudo o que temos vem dele. A exigência de Deus no dízimo é que devolvamos parte daquilo que temos recebido de suas mãos, em seu livro, no capítulo 2 e verso 8, o profeta Ageu transcreveu as palavras que Deus falou quando disse: Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos”.

      A importância das Ofertas

      Moisés escreveu em Levítico capítulo 1, verso 10: E, se a sua oferta for de gado miúdo, de ovelhas ou de cabras, para holocausto, oferecerá macho sem mancha”. Além da entrega dos dízimos, os israelitas eram incentivados a colocar diante do Senhor algumas ofertas voluntárias. São elas:

      1 - Oferta de holocaustos - Esta oferta foi instituída por meio da lei em Levíticos capítulo 6, verso 8 a 13, que diz: Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Dá ordem a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei do holocausto: o holocausto será queimado sobre o altar toda a noite até pela manhã, e o fogo do altar arderá nele. E o sacerdote vestirá a sua veste de linho, e vestirá as calças de linho sobre a sua carne, e levantará a cinza, quando o fogo houver consumido o holocausto sobre o altar, e a porá junto ao altar. Depois, despirá as suas vestes, e vestirá outras vestes, e levará a cinza fora do arraial para um lugar limpo. O fogo, pois, sobre o altar arderá nele, não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e sobre ele queimará a gordura das ofertas pacíficas. O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará;

      2 - A oferta de manjares - Mostrada em Levíticos 6.14 – 23: E esta é a lei da oferta de manjares: um dos filhos de Arão a oferecerá perante o SENHOR, diante do altar. E tomará o seu punho cheio da flor de farinha da oferta e do seu azeite e todo o incenso que estiver sobre a oferta de manjares; então, o queimará sobre o altar; cheiro suave é isso, por ser memorial ao SENHOR. E o restante dela comerão, Arão e seus filhos; asmo se comerá no lugar santo; no pátio da tenda da congregação o comerão. Levedado não se cozerá; sua porção é que lhes dei das minhas ofertas queimadas; coisa santíssima é, como a expiação do pecado e como a expiação da culpa. Todo varão entre os filhos de Arão comerá da oferta de manjares; estatuto perpétuo será para as vossas gerações dentre as ofertas queimadas do SENHOR; tudo o que tocar nelas será santo. Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Esta é a oferta de Arão e de seus filhos, que oferecerão ao SENHOR no dia em que aquele for ungido: a décima parte de um efa de flor de farinha pela oferta de manjares contínua; a metade dela pela manhã e a outra metade dela à tarde. Numa caçoula se fará com azeite; cozida a trarás; e os pedaços cozidos da oferta oferecerás em cheiro suave ao SENHOR. Também o sacerdote, que de entre seus filhos for ungido em seu lugar, fará o mesmo; por estatuto perpétuo seja; toda será queimada ao SENHOR. Assim, toda a oferta do sacerdote totalmente será queimada; não se come”.

      3 - A oferta pacífica - Instituída a partir de Levíticos 7. 11 – 21: E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR. Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorões asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha. Com os bolos oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta pacífica. E de toda oferta oferecerá um deles por oferta alçada ao SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta pacífica. Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manhã. E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte. E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo. Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que comer dela levará a sua iniquidade. E a carne que tocar alguma coisa imunda não se comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne qualquer que estiver limpo comerá dela. Porém, se alguma pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua imundície, aquela pessoa será extirpada dos seus povos. E, se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundície de homem, ou gado imundo, ou qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.

      4 - A oferta pelo pecado - Iniciada a partir de Levíticos 6. 24 – 30: Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:  Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei da expiação do pecado: no lugar onde se degola o holocausto, se degolará a oferta pela expiação do pecado, perante o SENHOR; coisa santíssima é. O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comerá; no lugar santo se comerá, no pátio da tenda da congregação. Tudo o que tocar a sua carne será santo; se espargir alguém do seu sangue sobre a sua veste, lavarás aquilo sobre que caiu, no lugar santo. E o vaso de barro em que for cozida será quebrado; porém, se for cozida num vaso de cobre, esfregar-se-á e lavar-se-á na água. Todo varão entre os sacerdotes a comerá; coisa santíssima é. Porém nenhuma oferta pela expiação de pecado, cujo sangue se traz à tenda da congregação, para expiar no santuário, se comerá; no fogo será queimada.

      5 - Oferta pela culpa - Que teve seu começo a partir de Levíticos 7.1 – 10: E esta é a lei da expiação da culpa; coisa santíssima é. No lugar onde degolam o holocausto, degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o seu sangue se espargirá sobre o altar em redor. E dela se oferecerá toda a sua gordura, a cauda e a gordura que cobre a fressura; também ambos os rins e a gordura que neles há, que está sobre as tripas; e o redenho sobre o fígado, com os rins, se tirará. E o sacerdote o queimará sobre o altar em oferta queimada ao SENHOR; expiação da culpa é. Todo varão entre os sacerdotes a comerá; no lugar santo se comerá; coisa santíssima é. Como a oferta pela expiação do pecado, assim será a oferta pela expiação da culpa; uma mesma lei haverá para elas: será do sacerdote que houver feito propiciação com ela. Também o sacerdote que oferecer o holocausto de alguém, o mesmo sacerdote, terá o couro do holocausto que oferecer. Como também toda oferta que se cozer no forno, com tudo que se preparar na sertã e na caçoula, será do sacerdote que a oferece. Também toda oferta amassada com azeite ou seca será de todos os filhos de Arão, assim de um como de outro.

      Além destas ofertas já determinadas, os israelitas tinham a opção de apresentar ao Senhor ofertas voluntárias, cujo momento e valor de entrega ficava a critério do ofertante. Um bom exemplo disso é a construção do Tabernáculo no monte Sinai. Os israelitas trouxeram suas ofertas para a construção da tenda, os moveis, as cortinas, etc.

      A motivação em ofertar para a obra de Deus era tão grande, que Moisés precisou pedir que eles parassem de trazê-las, como ordenou Moises em Êxodo capitulo 36, no verso 6, que diz: Então, mandou Moisés que fizessem passar uma voz pelo arraial, dizendo: Nenhum homem nem mulher faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim, o povo foi proibido de trazer mais

       Dízimo no Novo Testamento – Em Lucas 20. 25, esta é, portanto, uma das poucas passagens bíblicas do Novo Testamento que podemos usar para nos referir aos dízimos: Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.

       Uma das grandes questões teológicas dos nossos dias parece ser esta: “devemos entregar os dízimos nos dias de hoje, ou não”?

      Esta dúvida ocorre, porque no Novo Testamento não fica tão claro, quanto no Antigo Testamento sobre esta obrigatoriedade.

      Quando os apóstolos se reuniram em Jerusalém (Atos 15.19 – 23) para definir o que os cristãos gentios (não judeus) deveriam praticar, o dízimo não foi incorporado na pauta dessa reunião, portanto, nada foi discutido a seu respeito.

      No Novo Testamento a palavra dízimo aparece apenas uma vez quando diz em Mateus capítulo 23, verso 23, que diz: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas”, e é citada por Jesus Cristo. Ou seja, de certa forma aparece em um contexto de repreensão em que Jesus faz uma crítica aos fariseus, porque embora eles sejam leais aos princípios dos dízimos, tem com uma atitude incorreta.

      Sendo assim, devemos ou não entregar dízimos e ofertas a igreja nos dias de hoje? - A resposta é sim, devemos! - Para que isso fique claro, é imprescindível que entendamos os princípios, funções e aplicações do dízimo, e para isso, vamos analisar o texto mais famoso sobre o assunto no livro do profeta Malaquias capítulo 3 do verso 8 ao 15 que diz: Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.  Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.  E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.   E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti?  Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos?  Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se edificam; sim, eles tentam ao SENHOR e escapam”.

          O Senhor Deus acusa toda a nação israelita de estar roubando a Deus ao sonegar os dízimos e as ofertas: Pode um homem roubar de Deus? ‘Como é que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas”.

          Por que não entregar o dízimo é roubar a Deus? Por causa do propósito. - “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa”. O dízimo na antiga aliança era usado no sustento do templo, os sacerdotes levitas e toda a tribo de Levi recebia este benefício. Hoje os dízimos e as ofertas são para o sustento da obra e quando falamos de sustento da obra sabemos que o pastor da igreja está incluído aí, em seguida vem as despesas do local usado para adoração que é o templo com suas necessidades como água, luz, ar refrigerado, telefone, material de escritório, entre outras tantas despesas que não precisam ser mencionadas. Quando entendemos este ponto tudo fica muito mais claro. O propósito de Deus no dízimo é que a sua obra seja mantida, como um todo.

      Deus queria que sua obra fosse mantida no Antigo Testamento e continua querendo ainda hoje. Ao entregarmos nossos dízimos e ofertas estamos sendo participantes do Reino de Deus. Nós o financiamos. A partir daí podemos esperar que as promessas bíblicas decorrentes da contribuição, se cumpram em nossas vidas.

      As promessas de Deus - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos”, uma ordenança de Deus com a promessa de muitas bênçãos advindas da fidelidade  são referidas pelo profeta Malaquias no capítulo 3 do verso 10 ao 12.

      Quando nos tornamos participantes do Reino de Deus por meio dos dízimos a corrente de bênçãos sobrenaturais começam a ser liberadas sobre as nossas vidas. Começamos a colher de uma forma extraordinária além daquilo que esperávamos ou merecíamos. São oportunidades que vão além da nossa capacidade. Portas abertas. Milagres. Enfim, fidelidade a Deus nos dízimos e nas ofertas proporcionam um mover sobrenatural de Deus em nossas vidas.

      O apóstolo Paulo fala sobre este mesmo princípio com relação as ofertas em sua segunda carta aos Coríntios no capítulo 9 do verso 6 ao 8, quando diz: E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, encontramos nessa passagem bíblica algumas características da contribuição cristã, que são:

      1. Liberalidade, 2. Boa vontade, 3. Alegria.

      1. Liberalidade - Como incentivo a contribuição liberal, o apóstolo Paulo vincula com a lei de semear e ceifar, vejamos o que diz no verso 6: E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará”. O dar abençoa quem dá. “Cada flor que você planta ao longo do caminho de outrem, derrama a sua fragrância sobre você”.

      No Antigo Testamento, a entrega do dízimo obedecia a uma lei. Todo israelita tinha a obrigação de entregar o seu dízimo na casa do Senhor, essa ordenança foi dada na lei de Moisés e está inserida em seu quinto livro chamado Deuteronômio, no capítulo 14 e verso 22, que diz: Certamente darás os dízimos de toda a novidade da tua semente, que cada ano se recolher do campo”. O dízimo, mas que uma regra a ser obedecida, é o princípio da gratidão, da fé e da obediência. O doador o faz porque reconhece o senhorio de Deus sobre sua vida e sobre suas finanças.

Os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, isto foi dito por Deus. Um dízimo anual do produto da terra devia ser oferecido ao Senhor em reconhecimento ao fato de que a terra era dEle e porque Ele era o doador da vida e da fertilidade.

      2. Boa vontade - “Cada um contribua com o que propôs no seu coração”. Foi a instrução de Paulo na parte “a” do verso 7; O doador generoso é movido pelo impulso bondoso do seu coração e por princípios profundos, e não pelas ferroadas de sua consciência ou pelo desejo de parecer generoso aos olhos dos outros. Muitas pessoas contribuem sob a influência de um apelo comovente, mas têm pena de sua própria generosidade, logo que dão o seu dinheiro na salva durante a coleta de dízimos e ofertas, o que muitas vezes lhes causa arrependimento depois de passado o momento da emoção.

      3. Com alegria - “Não com tristeza ou por necessidade”. A sequência do verso sete, ou seja, a parte “b” do verso 7, diz que quem contribui com alegria considera que o contribuir é um prazer, e não algo doloroso; gosta de dar, e sente-se triste quando não tem nada para ofertar. Há, porém, aqueles que se separam das suas ofertas como quem está dando o seu sangue. Aquele que dá relutantemente não está dando. O maior dos ensinadores gregos recusou permitir que o título “liberal” fosse dado ao homem que dava grandes somas sem sentir nisto prazer nenhum. “A dor que ele sente comprova que gostaria mais de ficar com o dinheiro do que praticar o ato nobre; mas, a boa disposição naquele que dá aumenta o valor da dádiva”.

          Como Ser Um Dizimista Fiel? Fazendo conforme as instruções do rei Salomão em Provérbios capítulo 3 do verso 9 ao verso 10, que diz: Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares”. Uma das maneiras de honrar ao Senhor Jesus Cristo é através da entrega dos nossos bens para benefício da Sua obra, tudo que temos vem de Deus, melhor dizendo: pertence a Deus; a nossa tarefa é apenas de gerenciar os recursos que Ele nos dá. É um grande privilegio um modesto padrão de vida colocando os bens ao serviço, ou seja, a disposição de Deus e confiar em Cristo quanto ao futuro; não devemos valorizar aquilo que está em nossa posse, exceto o que se relaciona com a obra de Deus. Para que venhamos conseguir entregar os dízimos e ofertas com fidelidade ao Senhor, se faz necessário que a fidelidade a Deus, seja a nossa prioridade.

      O texto de provérbios deixa isso bem claro: Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda…”. Nossos dízimos e ofertas honram a Deus. Portanto, a primeira parte da nossa renda deve ser consagrada a Ele.
         
      Ao receber seus recursos financeiros, sua primeira atitude deve ser a de separar as primícias para o Senhor. Você não deve pensar primeiro em pagar as contas e depois honrar ao Eterno. Ao contrário, primeiro honre-o. Separe seu dízimo e sua oferta, Deus em primeiro lugar, essa é a regra da fidelidade.

      Para sermos fieis dizimistas e ofertantes precisamos nos organizar. Não podemos ser consumistas, endividados, etc. Devemos ser moderados nas nossas finanças e equilibrados nos nossos desejos para que o consumismo não se torne um ídolo e com isso não tenhamos como honrar a Deus com as nossas finanças.

      Dizimo, décima parte de tudo aquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer em produtos ou bens, observe mais uma vez a orientação do apostolo Paulo em sua segunda carta no capítulo 9 e verso 7, onde ele fala. “Cada um contribua segundo propôs no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama o que dá com alegria”. Por mais pequena que seja a nossa contribuição se for ofertada com alegria terá grande valor para Deus, pois o que importa nesse momento é o gesto de amor a obra de Deus, quando ofertamos demostramos a Deus a gratidão que temos por sermos abençoados por Ele.

      A “casa do tesouro” em que se refere o profeta Malaquias no capítulo 3 e verso 10 de seu livro, era uma parte do Templo onde eram armazenados grãos e outros alimentos entregues como dízimo. Os sacerdotes viviam dessas ofertas. Precisamos também dar do muito que Deus nos tem dado, a fim de sustentar aqueles que servem a Deus nos ensinando sobre a respeito das atitudes que devemos ter e do caminho que precisamos percorrer para alcançar a vida eterna.

      Quero concluir dizendo que a generosidade requerida por Deus através de Paulo não se constitui em atitudes vazias ou meras formalidades sociais e que ninguém deve ofertar ou dizimar por foça de uma lei ou um preceito, mas sim por gratidão ao Senhor, por fidelidade e reconhecimento. A oferta deve ser dada espontaneamente de coração aberto e sem avareza e ainda digo que:

·         Os dízimos e as ofertas são uma parte essencial do cristianismo. É uma prática constante desenvolvida por cristãos fiéis; através deles honramos a Deus com as nossas finanças e financiamos sua obra em todo o mundo.

·         As promessas de Deus com relação aos dízimos e as ofertas são liberadas em nossas vidas, a partir da nossa fidelidade e compromisso com eles.

·         Se honrarmos ao Reino de Deus com as nossas finanças certamente o Rei nos honrará e suprirá as nossas necessidades. Ou seja, a liberalidade precisa ser uma prioridade em nossas vidas, só assim conseguiremos ser fiéis e não dominados pelo consumismo.

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Reverencia no Culto a Deus