Deus nos livra do perigo

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

OS PASSOS DE UM HOMEM BOM

Salmo 37.23-24 Os passos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR, e ele deleita-se no seu caminho. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o SENHOR o sustém com a sua mão.

O salmista começa dizendo: “Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho” (Salmos 37.23).



Marcos 10.18: “E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Nin-guém há bom senão um, que é Deus”.

Mas, não trata-se de uma bondade plena, e sim, de alguém que pratica o bem, por ser salvo, é apenas fruto do Espírito; “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperan-ça” (Gálatas 5.22).

O próprio Cristo fala do homem bom em Lucas 6.45, quando diz: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca”.

Então o salmista não erra a adjeti-var o homem fiel de “bom”, pois Deus através de sua infinita graça e de seu amor incomensur-ável é capaz de nos declarar bons homens.

No versículo que se segue o salmista diz: “Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustém com a sua mão” (Salmos 37.24).

Parece até uma contradição, dizer que os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor e depois falar de queda. Como imaginar um homem bom caindo? Mas, é isso que o texto diz, “ainda que caia”. Então começamos a perceber que ser bom, não nos isenta de fracassos e falhas, que mesmo sendo “bons” corremos ris-co de cairmos.

Isso nos ensina que não somos supér crentes, como já escreveu Paulo Romeiro: “nossa santidade não nos imuniza de pecarmos, continuamos seres imperfeitos, pecadores”.

Comecei a pensar em alguns personagens bíblicos que foram elogiados por Deus, mas, que de vez em quando errava, ai me veio à mente Deus chamando Abraão de seu amigo: “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo” (Isaías 41.8).

Tiago 2.23 diz: “E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus”.

Em 2 Crônicas 20.7 está escrito: “Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra, de diante do teu povo Israel, e não a deste para sempre à des-cendência de Abraão, teu amigo?” 

Em Gênesis 20.2, encontramos esse mesmo Abraão mentindo: “E, havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã, enviou Abi-meleque, rei de Gerar, e tomou a Sara”.

Agora observe o que Deus diz de Davi: “E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vonta-de” (Atos 13.22).

No entanto, veja o que fez Davi: “Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom” (2 Samuel 12.9).

Observemos ainda Deus falando sobre o apóstolo Paulo: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (Atos 9.15).

E agora veja o que o próprio apóstolo diz sobre si: “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço” (Romanos 7.15).

“Porque não faço o bem que que-ro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7.19).

“Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7.24).

Concluo então dizendo que apesar dos nossos esforços para sermos fiéis a Deus, e apesar do Senhor nos chamar de bons, isso não nos torna perfeitos, somos deficientes, e carecemos da graça de Deus para continuarmos de pé.

Contudo, Deus confirma nossos passos, quando reconhecemos nossa pequenez diante dele.


“Então disse eu: Ai de mim, pois estou perdido! Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Porém um dos serafins voou para mim trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado” (Isaías 6.5-7).

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